Das sete portas que havia
Foi fechada a derradeira
Bié ao passar por ela
Deixa um silêncio na Feira
Para do lado de lá
Fazer sua brincadeira.
Partiu o comerciante
O amigo, o sambador
O fazedor das segundas
Do povo trabalhador
Levou consigo oito baixos
E seu dom de animador.
Uma barraca no céu
Bié já tem garantida
E para curtir seu samba
Já tem gente reunida
São feirantes e feirenses
Sambadores desta vida.
Entre os que o aguardavam
Um homem se destacou
Um multiartista feirense
Que com Bié duetou
Na cultura da cidade
Que há pouco tempo deixou.
Márcio Punk quando soube
Que seu amigo chegava
E da mais nova barraca
Que lá no céu se instalava
Bateu um papo com Deus
Das paradas que pensava.
Punk então encarregou-se
De uma bela intervenção
Com gravuras sertanejas
No beco da redenção
Que dá acesso à barraca
Do seu parceiro e irmão.
Bié ao ver as gravuras
Lembrou de sua cidade
E Punk ao vê-lo chegando
Pulou de felicidade
Bateu na mão do parceiro
E disse "- fique à vontade!"
Bié sorriu e falou
"- No céu também tem Bahia?
Agora já temos beco
E barraca da energia."
Tacou o dedo no fole
Fez o que o povo queria.
Romildo Alves
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