Resgatar, fortalecer e dar visibilidade à memória do carnaval de Salvador. Foi com este objetivo que os projetos Memorial do Samba: 45 anos do Bloco Alvorada e Didá: Imagens e Sons da Memória contam um pouco da história do carnaval de Salvador compartilhando registros culturais e históricos com o público.
Em formato virtual, os projetos foram contemplados no Prêmio Fundação Pedro Calmon, na categoria Arquivo, do Programa Aldir Blanc Bahia da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Os 75 projetos contemplados na categoria receberam mais de R$3 milhões, para digitalização e/ou restauração de acervos. Ao todo foram alcançados 16 territórios de identidade do estado.
O Memorial do Samba sistematizou o acervo cultural do Bloco Alvorada ao longo de 45 anos. Restaurando e digitalizando toda a documentação iconográfica, assim como fantasias, vídeos, reportagens, documentos, músicas e fotos construídas ao longo dessas quatro décadas de existência. Para o presidente do bloco, Vadinho França, o projeto foi pensado como uma forma de registrar e oficializar a memória não só do bloco carnavalesco, mas também do samba. “Como temos vasto acervo físico e digital, o edital nos sinalizou a possibilidade de aproveitar a parada do setor para catalogar e sistematizar todo conteúdo histórico do Alvorada”, ressaltou Vadinho.
Já o projeto Didá, Imagens e Sons da Memória dialoga com todas as ações que a banda vem realizando há 27 anos. O projeto recuperou e digitalizou fotos históricas da banda e do projeto social, transformando também os registros de VHS para formato digital. De acordo com Viviam Caroline, atual diretora de projetos e Relações Pública da Didá, o objetivo do projeto é “registrar uma trajetória muito importante e representativa, sobretudo para a história das mulheres negras, uma vez que a Didá tem força e reconhecimento internacional”. Ainda segundo ela, “quem acessar o canal pode encontrar diversos vídeos e conhecer o trabalho da Didá de um modo mais profundo, além de testemunhar etapas do nosso começo na década de 1990”, concluiu.
Segundo Teresa Matos, diretora do Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), existem documentos de imensurável valor histórico, e o Prêmio Fundação Pedro Calmon contemplou iniciativas culturais relevantes no contexto sociocultural, contribuindo para qualificar a preservação, o acesso e a difusão desses registros. “Uma oportunidade para fortalecer a preservação e a difusão da identidade do povo baiano”, destacou.
Programa Aldir Blanc Bahia – Criado para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, o Programa Aldir Blanc Bahia (PABB) visa cumprir os incisos I e III da Lei Aldir Blanc (Lei Federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020) e suas regulamentações federal e estadual. As ações são a transferência da renda emergencial para os trabalhadores e trabalhadoras da cultura, e a realização de chamadas públicas e concessão de prêmios. O PABB tem execução pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, geridas por meio da Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura e do Centro de Culturas Populares e Idenitárias; e as suas unidades vinculadas: Fundação Cultural do Estado da Bahia, Fundação Pedro Calmon, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural.
Fonte: Secult Bahia
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