Amigos (as) ouçam a História,
Quem inventou não fui eu,
Apenas fiz um relato,
De tudo o que aconteceu,
O mundo foi dividido,
Entre opressor e oprimido,
E o nosso povo sofreu.
Portanto é interessante,
Compreender a trajetória,
De um passado lamentável,
Que guardamos na memória,
Dentro do navio negreiro,
Quantas vidas se perderam,
E muita gente ignora,
A partir do século XV,
Por ambição e poder,
A Europa despertou,
Vontade de conhecer,
O continente africano,
E transformou ser humano,
Em coisas para vender.
Investiam sem ter dó,
Massacrando uma cultura,
Quando havia resistência,
Combatiam com a tortura,
Em um trajeto desumano,
Milhares de africanos,
Embarcavam na aventura.
No comercio ultramarino,
Que se fez com Portugal,
Pau-Brasil, açúcar e ouro,
Algodão, tabaco e sal,
Tudo fez parte do plano,
Mas o escravo Africano,
Foi o produto principal.
Como coisa o Africano,
Foi jogado no navio,
Privado da liberdade,
Naquele espaço sombrio,
Em um percurso assassino,
Sabia que o seu destino,
Era sofrer no Brasil.
Chegando aqui no Brasil,
Sofreu diversas torturas,
Mas o negro foi sujeito,
Combatente com ternura,
Negociou muitas vezes,
E quando não se conteve,
Provou a sua bravura.
Mesmo assim o africano,
Foi sofrido e torturado,
Como coisa foi vendido,
Como bicho foi matado,
Nunca foi independente,
E só comparado gente,
Quando era condenado.
E tudo isso porque,
A sua cor lhe acusava,
A pele já definia,
Quem era que comandava,
Para qualquer cidadão,
Ser vítima da escravidão,
Ser preto apenas bastava
Porque a classe opressora,
Manipulando o cenário,
Disse que branco era lindo,
E preto era ordinário,
Aqui eu digo e repito,
Ser preto é ser mais bonito,
É isso, e sem comentário.
O negro deve ter orgulho,
Manter a sua autoestima,
A nossa História de luta,
É algo que nos fascina,
Mulata, Preta ou Morena,
A pele não nos condena,
Não julga nem descrimina.
A nossa História é de lutas,
E de vitórias também,
Nós nunca fomos passivos,
Disso vocês sabem bem,
É só lembrar de Zumbi,
Para quem quer descobrir,
A força que os negros têm.
Infelizmente tem gente,
Agindo com preconceito,
E para estes eu digo,
Nós exigimos respeito,
Engulam essa exclusão,
Respeitem a constituição,
Negro também tem direito.
Pois ninguém pode negar,
Que o negro contribuiu,
Porque do muito que temos,
Foi ele quem produziu,
Para quem tem preconceito,
Repito: exijo respeito,
Com os pretos desse Brasil.
Pois fico indignando,
E não posso me convencer,
Que pela cor da sua pele,
Alguém defina você,
Ninguém se faça de santo,
Pois fede o preto e o branco,
Depois que a gente morrer.
Portanto digo e repito,
Que não aceito conclusão,
Os negros foram os heróis,
Diante da exploração,
E deixo aqui registrado,
O que nem sempre é contado,
Do tempo da escravidão.
Ainda bem que há tempo,
A gente já acordou,
E vamos firmes na luta,
Mostrando o nosso valor,
E vale aqui ressaltar,
Não vamos mais aceitar,
O preconceito de cor.
Muito obrigado a quem pôde,
Minha mensagem escutar,
Mas antes de concluir,
Eu quero apenas lembrar,
Negro também tem direito,
Enquanto houver preconceito,
Nós vamos ter que lutar.
20 de Novembro dia da consciência negra.
Enviado por Juliana Soares
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