A polícia baiana divulgou o alarmante número de homicídios no estado, sendo que 80% deles tiveram como vítimas, jovens de até 24 anos em 2016. Mas existe o "outro lado da moeda", e o CEAPE mostra que o empreendedorismo pode ser para os jovens uma alternativa contra a criminalidade.
Com um total de 1735 créditos liberados em 2016 os jovens (18 a 30 anos) representaram 23% das liberações, com crédito médio de R$ 1.819,34 e um total anual liberado de mais de R$ 3.156.000,00. São jovens baianos que encontraram em uma atividade produtiva, uma forma de melhorar sua vida e manter a sua dignidade.
A pesquisa “A crise econômica sob a ótica do jovem empreendedor”, conduzida pelo SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, analisa as percepções acerca do cenário econômico, bem como as expectativas para o futuro, na visão dos jovens empreendedores. Essa pesquisa mostra que apesar de todo o cenário de crise, o jovem acredita no seu potencial.
Desses 1735 créditos liberados em 2016, cerca de 1.235 jovens escolheram o comércio ( representando 72,80% do total de créditos liberados) são jovens que vendem confecções, miudezas, som automotivo , produtos importados e outros). Cerca de 12,9%, que são 218 créditos, foram liberados para jovens, que escolheram o setor produção (esses jovens fabricam biscoitos, peças íntimas, blocos de cimentos, etc) e 254 créditos (14,64%) para esse público entre 18 e 30 anos foi concedido crédito para o setor serviço, atividades como salão de beleza, massoterapia e outros.
Sendo assim o CEAPE possui na sua carteira de credito 700 clientes ativos entre de 18 a 30 anos o que representa 20% da numero total de cliente do CEAPE. Sendo 406 mulheres, o que representa a maioria dos créditos liberados, e 294 homens.
Segundo a pesquisa do CDL, com relação aos próprios negócios, as perspectivas são ainda melhores: 67% dos jovens dizem estar confiantes.
Se considerarmos que os jovens empreendedores abrem mão da alternativa mais óbvia de trabalharem como empregados, a confiança no próprio negócio e a perspectiva de crescimento é o mínimo de que precisam para continuarem empreendendo. Enfim estando conscientes de que o país atravessa um dos momentos econômicos mais turbulentos em sua história recente, a maioria dos jovens ainda acredita que possa "se dar bem" nos próximos anos – e que o sucesso depende, fundamentalmente, deles mesmos.
Conclusões da pesquisa CDL 2015/2016
· 62,2% acreditam que as condições gerais da economia brasileira pioraram em 2016, na comparação com 2015. 19,7% afirmam que a situação permanece a mesma, enquanto 16,0% dizem que melhorou.
· Quando refletem sobre o próprio negócio, cai o nível de pessimismo: 36% garantem que as condições pioraram; 38,7% dizem que não houve alterações e 21,7% afirmam ter observado melhoras.
· As principais consequências e dificuldades encontradas em 2015 foram a queda no faturamento (37,7%) e a diminuição das vendas (29,7% ). 25,0% garantem que não sentiram os impactos da crise – sobretudo entre os mais jovens (32,0%) e de baixa escolaridade (29,0%).
· Dentre os projetos não realizados em 2015, os mais citados são o aumento nas vendas (26,2%), fazer uma reforma (17,1%) e comprar equipamentos (11,9%). Por outro lado, 37,4% dizem que nenhum projeto deixou de ser realizado em 2015, aumentando para 46,7% entre aqueles na faixa etária de 18 a 24 anos.
· Desempenho da economia brasileira em 2016: 49,9% afirmam estar confiantes, enquanto 28% estão pessimistas. A expectativa positiva é ainda maior quando os empresários imaginam qual será a performance do próprio negócio: 67,3% estão confiantes ou muito confiantes, e apenas 10,9% se dizem pessimistas.
Fonte: Assessoria de Comunicação - Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos do Estado da Bahia
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