Um
dos melhores exemplos de arquitetura civil do século XIX na Bahia, pelo tamanho
e qualidade, inaugurado no 2º Império brasileiro (1860), o edifício do Lar
Franciscano Asilo Santa Isabel, no bairro da Saúde, em Salvador, passa por
reformas. O prédio é tombado desde 2002 como Bem Cultural da Bahia através do
Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), com obras coordenadas pela
Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), ambas instituições do governo
estadual. O asilo recebeu visita de D. Pedro II na década de 1860 e ganhou o
nome em homenagem à filha do imperador, princesa Isabel.
“O
edifício tem escala monumental em estilo neoclássico com planta do tenente
coronel João Bloem, do Corpo de Engenheiros Militares do Império, com fachada
principal, escadaria e jardins escalonados voltados para a Baixa dos
Sapateiros, formando um cenário de magnitude para quem está no Pelourinho”,
explica o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira. Segundo ele, o asilo
possui formato de eixo, de grande rigor formal, com 75 quartos voltados para o
exterior e o pátio interno, fora outros cômodos, seis grandes salões e mais de
100 janelas. “A construção do prédio é em alvenaria de tijolo, a escadaria de
mármore italiano e o piso do saguão em lioz colorido”, completa o diretor do
IPAC.
O
investimento é de R$ 500 mil para a reforma da fachada, área externa e pintura,
com recursos do Tesouro estadual. O prédio é coberto por quatro lances de
telhado de uma só água, que convergem para o pátio onde se encontra uma
cisterna. Em 1886, Lopes Rodrigues desenha nova fachada para o edifício e, em
1914, Rossi Batista levanta um frontão com o brasão da Ordem. A construção da
escadaria se dá entre 1901 e 1907. A Conder é vinculada à secretaria de
Desenvolvimento Urbano e o IPAC à secretaria de Cultura.
O
presidente da Ordem 3ª do São Francisco, proprietária do asilo, Jaime Baleeiro,
comemora as obras: “a última reforma aconteceu há mais de 30 anos”, relembra. A
ideia da Conder é instalar linha contínua de aparelhos na moldura superior da
fachada, criando um banho de luz de cima para baixo, valorizando sua
arquitetura e minimizando a entrada de luz na área interna. Mais informações
sobre a obra no site www.centroantigo.ba.gov.br, sobre o IPAC no www.ipac.ba.gov.br, facebook ‘Ipacba
Patrimônio’, instagram ‘@ipac.patrimônio’ e twitter ‘@ipac_ba’.
BOX opcional –
CENTRO HISTÓRICO: O IPAC não é responsável direto pelo Pelourinho, mas entende como
importante seu papel na aplicação de políticas públicas para preservação do
patrimônio cultural baiano. Pela Constituição Federal, leis municipais,
estaduais e federais, assim como nas capitais e em qualquer cidade brasileira,
a área é de responsabilidade da Prefeitura de Salvador, já que é eleita e paga
com dinheiro público para administrar o uso, licenciamento e ocupação do solo
urbano do Município. O Centro Histórico de Salvador é também uma área tombada
pela União, via IPHAN/Ministério da Cultura, como Patrimônio do Brasil (1984),
e chancelada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade (1985).
Fonte: Assessoria de Comunicação – IPAC
Jornalista responsável Geraldo Moniz (DRT-BA nº 1498)
Coordenação de Jornalismo e Edição: Marco Cerqueira (DRT-BA nº1851)
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