Na próxima sexta-feira, dia 06 de
novembro, a banda Sal apresenta o show “Sal – Música e Arte Visual” no teatro
Margarida Ribeiro. A partir das 20h, o público poderá assistir a uma mescla de
ritmos, marca do grupo que tem estética própria de sonoridade, aliando música à
psicodelia e à imagem.
O evento terá duas presenças
especiais: o guitarrista Rony Santini e o trompetista Darlam Queiroz. Os
ingressos estão disponíveis ao preço de R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia).
Confira
abaixo entrevista com Kleyde Lessa, vocalista da banda.
A banda está com quantos
anos de formação?
KL
- A banda teve sua primeira formação em 2005, quando, ao lado do guitarrista
francês Joel Grosspiece e de outros músicos, eu comecei a testar minhas
composições. A formação atual da Sal
fará 5 anos em dezembro, com exceção do guitarrista Danilo Sampaio que está há
cerca de dois anos na banda. No total são 10 anos de produção.
KL
- O novo show traz um amadurecimento da banda no que tange à investida de novas
canções. Esse terá as participações do trompetista Darlam Queiroz e do
guitarrista Rony Santini. O show da Sal é sempre atualizado pela afetação
causada pelos elementos presentes na sua apresentação. Som e arte, com
liberdade. Tudo isso associado a um conjunto de projeções imagéticas que ajudam
a tecer o conceito do que é ser Sal.
Repertório novo?
KL
- O processo de criação da banda é constante. A Sal não se contenta apenas em
reproduzir o mesmo repertório. É o que a banda chama de experimentações. Foi
assim que nasceu “Kromalbegare”, uma canção que compus inspirada num desenho
melódico que dispensou texto escrito. Essa canção foi intitulada com a junção
das iniciais dos nomes dos membros da Sal (Kleyde, Rogério, Marcos, Bel, Gallo
e Renato), que na época tinha Renato Moss como guitarrista. Outra canção que
fará parte do próximo cd chama-se “Zagora”, também composta por mim, com
participação do jornalista Antônio Britto. “Zagora”, que é uma cidade do
Marrocos, fala da África, de esperança e do tempo que entalha o viver.
Fala um pouco sobre a
essência da banda. Do que é ser SAL.
KL
- Ser Sal é fazer parte de um universo da indagação de conceitos fundidos,
presentes no mundo da dispersão. É buscar penetrar em zonas espirituais da arte,
não no sentido religioso da palavra, mas como vivência de novas possibilidades
de existência. Ser Sal é, sobretudo, não definir. É sonoridade de corpo e alma.
É liberdade para deixar ser. Deixar fluir. É invadir zonas desconhecidas.
Recentemente foi lançado
um novo clipe: “Igatu”. Como foi trabalhar nesse clipe e de que fala a música?
KL
- O clipe “Igatu” foi produzido pela Cúpula do Som, tendo como locações cânions
da Serra Gaúcha e o Vale do Pati, na Chapada Diamantina. A escolha desses
lugares deu-se em razão de a Sal estar ligada aos elementos da natureza. Os
clipes da Sal são mais conectados a esses elementos do que propriamente possui
ingredientes urbanos. Igatu fala de componentes particulares e aparentemente
insignificantes na vida cotidiana, de toda essa natureza que incide na oposição
ao modo de vida consumista, que parece nos levar à distração e ao abandono da
vida.
O que o 1º cd da Sal trouxe
como proposta?
KL
- O primeiro cd da Sal foi produzido em dois anos (2010 a 2012). Esse disco
representou o primeiro pontapé da banda, que procurava conhecer o próprio
trabalho. A partir desse momento começamos
a conectar e fundir o que é particular e coletivo, fazendo nascer o produto Sal.
As canções falam de amor, e ao mesmo tempo da desordem natural das coisas.
Alguma música que marcou
o 1º CD e por quê?
KL
- “Armadilha”, como canção de amor, sempre foi muito querida por aqueles que já
vinham acompanhando o trabalho da banda. “Igatu”, uma canção que funde ritmos e
é cantada numa frequência mais grave, chamou atenção pelo texto e pela proposta
rítmica. A canção de maior destaque do cd é “Até de manhã”, pela sua proposta
psicodélica e até mesmo por ter sido lançado na mesma época um clipe bem
interessante, filmado na Chapada Diamantina.
Planos para o futuro?
KL
- A Sal está sempre maquinando algo, conspirando para proferir alguma coisa
nova, insólita. Em 2016 estará lançando seu segundo cd, assim como novos
timbres, texturas sonoras e um repertório super novo.
Se você pudesse reunir a
Sal em um único momento, qual seria?
KL
- A Sal não acomoda. Não estabiliza. Indaga o sentido das coisas com sua
postura de espanto e arrebatamento nos shows. A Sal é sempre um acontecimento.
Faz um convite para o
show.
KL-
Venham fundir-se ao espanto, à indagação, à construção de novas possibilidades.
Venham para a emoção e afetação. Convidamos a todos para o amor, para as
paixões humanas, para ver e sentir. Venham fazer parte de mais um acontecimento
da arte que invade: Sal.
Seguem
abaixo links dos clipes para quem quiser conferir e curtir o som da Sal:
https://www.youtube.com/watch?v=fWByy7GTnEg (Até de manhã)
Ascom Cúpula do Som
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