Na contramão da sociedade contemporânea, homens e
mulheres optam por uma vida mais simples. Eles garantem que são mais felizes.
Conheça as histórias.
por Luciane Evans, Estado de Minas
Você pode ter passado a vida inteira, ou parte dela, ouvindo a expressão: tempo é dinheiro. Conhecido de perto um universo em que ter do “bom e do melhor” é sinônimo de uma vida sossegada. Também deve ter escutado, e acreditado, que comprar roupas, sapatos e supérfluos alivia o estresse, principalmente, das mulheres durante a tensão pré-menstrual (TPM). Que shopping é e será um dos melhores lazeres desta vida moderna. Agora, suponha que tudo isso virasse de cabeça para baixo. Em nome da simplicidade do ser, homens e mulheres, de idades diferentes, chacoalharam esses velhos conceitos cada vez mais impostos à sociedade e optaram, sem culpa e com leveza, por uma vida simples. Acreditam que precisam de pouco para se satisfazer e asseguram que o lucro com tudo isso não se vende nem se troca, e tem nome: felicidade.
Não se trata de um movimento, mas um fenômeno sem causa única e nenhuma regra. Essas pessoas estão, aos poucos, caminhando por conta própria em busca da simplicidade, sem fazer publicidade disso. Alguns mudaram de cidade, outros conseguiram isso morando em uma capital como Belo Horizonte. E não estão sós. A tal simplicidade já chama a atenção do mundo, já que grandes homens, que poderiam esbanjar mordomias, disseram “não” a elas e a tudo que elas remetem. O ex-guerrilheiro José Mujica, atual presidente do Uruguai, por exemplo, mora em uma casa deteriorada na periferia de Montevidéu, sem empregado nenhum. Seu aparato de segurança: dois policiais à paisana estacionados em uma rua de terra.
Mas vi que isso é bem possível.” O dinheiro que usava para comprar roupas, bolsas, calçados e cosméticos foi gasto em lazer. “Sempre gostei dessa opção de vida, e queria fazer essa experiência. Você percebe que tem outras prioridades na vida. Passei a fazer mais programas ao ar livre, a aproveitar atividades intelectualizadas. Quando estamos imersos no consumo, deixamos o que nos dá prazer em segundo plano. Passada essa experiência, hoje compro bem menos e me foquei no que é essencial para mim.”
por Luciane Evans, Estado de Minas
Você pode ter passado a vida inteira, ou parte dela, ouvindo a expressão: tempo é dinheiro. Conhecido de perto um universo em que ter do “bom e do melhor” é sinônimo de uma vida sossegada. Também deve ter escutado, e acreditado, que comprar roupas, sapatos e supérfluos alivia o estresse, principalmente, das mulheres durante a tensão pré-menstrual (TPM). Que shopping é e será um dos melhores lazeres desta vida moderna. Agora, suponha que tudo isso virasse de cabeça para baixo. Em nome da simplicidade do ser, homens e mulheres, de idades diferentes, chacoalharam esses velhos conceitos cada vez mais impostos à sociedade e optaram, sem culpa e com leveza, por uma vida simples. Acreditam que precisam de pouco para se satisfazer e asseguram que o lucro com tudo isso não se vende nem se troca, e tem nome: felicidade.
Não se trata de um movimento, mas um fenômeno sem causa única e nenhuma regra. Essas pessoas estão, aos poucos, caminhando por conta própria em busca da simplicidade, sem fazer publicidade disso. Alguns mudaram de cidade, outros conseguiram isso morando em uma capital como Belo Horizonte. E não estão sós. A tal simplicidade já chama a atenção do mundo, já que grandes homens, que poderiam esbanjar mordomias, disseram “não” a elas e a tudo que elas remetem. O ex-guerrilheiro José Mujica, atual presidente do Uruguai, por exemplo, mora em uma casa deteriorada na periferia de Montevidéu, sem empregado nenhum. Seu aparato de segurança: dois policiais à paisana estacionados em uma rua de terra.
BONS
EXEMPLOS
Mas não é
preciso ir a Roma ou ao Uruguai para conhecer pessoas que apostam nesse modo de
vida. O Bem Viver conheceu bons exemplos dessa vida simples. São guerreiros que
nadam contra a maré em uma sociedade que, cada vez mais, valoriza
o supérfluo como a garantia para ser feliz. “Hoje, o que predomina é o
consumismo mais exacerbado, mas se há grupos buscando essa simplicidade é um
sintoma de que essa exaustão das buscas frenéticas acaba não levando a lugar
nenhum”, comenta o psicólogo, psicanalista e doutor em filosofia pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Roberto Drawin.
Certos de
que há muito mais quando se tem menos, os entrevistados para esta reportagem
servem como verdadeiras lições de vida. Maria Madalena Aguiar, de 66 anos, diz
ser “feliz demais” em levar uma vida baseada na simplicidade e acredita, por
exemplo, que está mais perto de Deus. Já Guilherme Moreira da Silva, de 56,
mora em um sítio em Macacos, na Grande BH, e garante que “ser
simples” traz a ele conforto, alegria, prazer e felicidade. A mesma sensação
tem Priscila Maria Caliziorne Cruz, de 23, que ao optar por esse estilo de vida
diz ter ampliado sua consciência, ficando mais inteira e presente na vida. “A
simplicidade nos obriga a olhar para nós mesmos”, comenta o frei Jonas Nogueira
da Costa, que desde menino se encantou pela vida de São Francisco de Assis e
adotou a espiritualidade franciscana. Para a advogada Débora Paglioni, de 23
anos, ser simples vai muito além de ter dinheiro. “Tem a ver com bem-estar e
consciência”, afirma.
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Advogada Débora Paglioni, de 23 anos,
acredita que ser simples é uma postura que tem a ver com bem-estar e consciência (Foto: Estado de Minas) |
SOMENTE O
NECESSÁRIO
Carro, só
ser for para locomoção. Telefone é para se comunicar, não precisa de touch
screen nem aplicativos mirabolantes. Roupas ou sapatos novos somente quando
forem de extrema necessidade, afinal, para quê mais? Comer bem não é ir a
restaurante refinado, mas aquilo que é feito em casa. Ter uma vida simples
passa por muitas dessas posturas, que não são regras.
Mas quem
decide viver com o que é necessário nega o que hoje é tão valorizado, como a
corrida disparada pelos melhores celulares, casa, carros e as mais belas joias.
E acaba consciente de que o tempo e a energia investidos para a aquisição de
coisas podem minguar as oportunidades de conviver com o outro, de buscar a
espiritualidade, autoconhecimento e senso de comunidade. É como se essas
pessoas se abrissem mais para o mundo ao seu redor e dissessem: “Desapeguei”.
Talvez por isso, elas são serenas, sorridentes e leves, vivendo somente com o
necessário, aquilo que para elas é essencial.
Esse
desapego e vontade de viver somente com o que precisa não é algo que a
humanidade conheceu hoje. O psicólogo, psicanalista e doutor em filosofia pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Roberto Drawin destaca que
esse comportamento é antigo e vem desde antes do cristianismo. “Vem de uma
sabedoria grega. Não é só no sentido de não ter bens materiais, mas não
transformá-los em uma tirania.” Ele conta que existia uma corrente da filosofia
grega, o chamado estoicismo, que mostrava que o homem só atinge a felicidade se
ele for livre, ao se livrar das dependências dos bens materiais. “Isso foi
seguido tanto por um escravo quanto pelo imperador.”
De tanto
desapegar desses bens, Guilherme Moreira da Silva, de 56 anos, é chamado de
Mazzaropi pelos amigos, em alusão ao cineasta, ator de rádio, TV, de circo, cantor
e diretor Amácio Mazzaropi, que, mesmo rico, foi conhecido como o gênio da
simplicidade. Ele marcou a história do cinema nacional ao mostrar personagens
simples e uma linguagem bem próxima do povo. Guilherme não optou pela arte.
Desde menino, sofria de bronquite e a medicina não lhe dava esperança de cura.
Por meio de uma vida que ele mesmo chama de alternativa, conseguiu se livrar da
doença, desafiando até o diagnóstico médico.
Nascido e
criado em Belo Horizonte, há 30 anos Guilherme se mudou para São Sebastião das
Águas Claras, mais conhecido como Macacos, na Grande BH. Formado em arquitetura
e especializado em paisagismo, ele morou na Espanha por um ano. Mas foi em
Macacos, em um sítio em meio à natureza, que se encontrou. Por 15 anos, morou
ali sem energia elétrica. Ele diz até hoje não comprar roupas e só usar aquelas
que seus irmãos lhe dão. “Não atribuo grandes valores ao materialismo.
Tenho uma
caminhonete porque preciso dela para trabalhar.”
Guilherme
hoje mexe com produtos naturais, vende pães integrais e come tudo o que planta.
Onde mora não há internet. “A minha bronquite que me incomodava muito. Queria
uma vida saudável. Esse modelo que adotei tem raízes profundas em querer
sobreviver e gostar da vida. Chegou o momento em que o mais importante era a
qualidade do ar que respirava , o contato com a terra e a comida que comia.”
Em uma
casa de alvenaria sem luxos nem precariedade, Guilherme tem uma televisão, que
de vez em quando é ligada. “A vida pode ser muito mais simples. A busca por ter
tudo, trocar o velho pelo novo, traz desconforto. A sociedade nunca está
satisfeita.” Para ele, a vida no campo traz essa simplicidade, alegria,
conforto e prazer.
ESFORÇO
Professor
do curso de ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas),
Ricardo Ferreira Ribeiro diz que hoje as pessoas fazem um esforço danado para
ter renda e, por outro lado, geram um estresse, acúmulo de trabalho e problemas
de saúde. “A opção pela vida simples tem sido mais singela, há menos requinte,
mas exige menos esforços.” Ele lembra que os hippies chegaram a optar por esse
modo de vida, como crítica ao consumismo. “Esse modo de viver aproxima mais as
pessoas, cria-se uma empatia.”
Para o
frei Jonas Nogueira da Costa, de 37, viver com pouco se aprende ao estar perto
daqueles que têm poucas condições financeiras. De família simples e católica,
ele sempre participou das atividades da igreja de Três Rios, sua cidade natal,
no interior do Rio de Janeiro, o que despertou sua vontade de ser padre. Em
1995, entrou para a Ordem dos Frades Menores, motivado pelo exemplo de São
Francisco de Assis, que dedicou a vida à simplicidade e aos pobres. “A proposta
de simplicidade, de viver como irmão e ter uma vida de oração são pilares que
me encantaram”, diz. A simplicidade para Jonas é entendida como partilha. “Você
não pode chegar a Deus com títulos acadêmicos, roupas e outros. Deus é
simples.”
O frei
conta que a principal mudança que sentiu na sua opção devida foi no conceito de
posse. “As coisas que eram da minha família pertenciam a eles e a mim. Hoje,
tenho o conceito do nosso.” Suas posses, segundo ele, são os livros. Não se
importa com roupas e compra só o necessário. “A simplicidade tem o campo
prático e político. No primeiro, é o contato com as pessoas mais simples e
afetos com as plantas e animais. No segundo, é a denúncia do consumismo que
gera frustrações.”
Ele
ensina que a vida simples permite o contato consigo mesmo. “Nos obriga a olhar
para nós mesmos e ao nos depararmos com o ser humano que somos nos libertamos
das grandes tentações do consumismo.” O grande ganho para o frei é a felicidade
como comunhão, prazer nas pequenas coisas , estar bem consigo mesmo. “Temos que
fazer o que gostamos. A minha opção me faz bem, humano e feliz.”
Para o
frei, quem segue a vida baseada na simplicidade, independentemente da religião,
tem que aprender a escutar os pobres materialmente e socialmente. “Eles são os
nossos mestres. Há muita coisa que dissemos que são fundamentais para nós, e
vemos que outras pessoas conseguem viver sem aquilo. Às vezes temos tudo e não
abrimos mão de nada, e esse pobre consegue sorrir e falar de Deus. Por trás
disso, há uma sabedoria. Não há uma receita pronta para essa vida simples. Cada
um tem que fazer a própria síntese”, aconselha.
Estilo de
vidas
Existe um
movimento chamado simplicidade voluntária, que é um estilo de vida no qual os
indivíduos conscientemente escolhem minimizar a preocupação com o “quanto mais
melhor”, em termos de riqueza e consumo. Seus adeptos escolhem uma vida simples
por diferentes razões, que podem estar ligadas a espiritualidade, saúde,
qualidade de vida e do tempo passado com família e amigos, redução do estresse,
preservação do meio ambiente, justiça social ou anticonsumismo. Algumas pessoas
agem conscientemente para reduzir as suas necessidades de comprar serviços e
bens, e, por extensão, reduzir também a necessidade de vender o seu tempo.
Alguns usarão as horas a mais para ajudar os seus familiares ou a sociedade, ou
sendo voluntário em alguma atividade.
Compra
consciente
Mudar os
hábitos de consumo e só adquirir produtos de que realmente precisa é uma opção
de vida de quem busca ser mais saudável
Não é
preciso sair da capital ou se dedicar integralmente ao sacerdócio para ter uma
vida simples. Essa opção de vida, apesar de a luta ser ainda maior, é bem
possível na cidade grande, mesmo com as tentações do consumo e seus exageros
bem próximos. A simplicidade, muitas vezes, está na essência da alma e em
atitudes conscientes, e não é preciso radicalismo para chegar até ela. O
professor do curso de ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC
Minas) Ricardo Ferreira Ribeiro diz que essa opção de vida pode ser uma certa crítica
aos valores ligados à ostentação e ao padrão de vida de pessoas que não
conseguem abrir mão dos bens materiais. “A gente acaba consumindo muitas
coisas, para quê? Qual a finalidade desse bem que se adquire?”, provoca.
Foram
essas as perguntas que motivaram a psicóloga Marina Paula Silva Viana, de 28
anos, a enfrentar um desafio: um ano sem compras. De junho de 2011 até junho de
2012, ela não comprou nada de supérfluo e criou um blog na internet relatando
sua experiência durante esse período. A página levou o nome do desafio, Um Ano
sem Compras. Mineira de Belo Horizonte, a jovem mora desde 2008 em Curitiba e
achava que a proposta seria difícil. “O mais complicado é conter o primeiro
impulso.
Mas vi que isso é bem possível.” O dinheiro que usava para comprar roupas, bolsas, calçados e cosméticos foi gasto em lazer. “Sempre gostei dessa opção de vida, e queria fazer essa experiência. Você percebe que tem outras prioridades na vida. Passei a fazer mais programas ao ar livre, a aproveitar atividades intelectualizadas. Quando estamos imersos no consumo, deixamos o que nos dá prazer em segundo plano. Passada essa experiência, hoje compro bem menos e me foquei no que é essencial para mim.”
Como
psicóloga, Marina conta que muitos pacientes trazem para o consultório
frustrações vindas do consumo. “As pessoas estão consumindo mais. E isso acaba
tendo uma função psicológica. Ela acabam acreditando que a personalidade está
ligada ao que consomem.” Formada em teatro, produtora do curso de educação gaia
em BH e estudante de letras na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
Priscila Maria Caliziorne Cruz, de 23, diz que a vida simples vem dos pilares
que recebeu em casa e das suas buscas e anseios. “São escolhas diárias.
Encontrei em BH, no meio urbano, uma alternativa mais simples para viver.”
Ela conta
que o segredo dessa opção está na consciência do que se busca. “Sabemos que ter
um telefone é importante para atender a necessidade. Mas nem sempre essa
necessidade por um produto acompanha moda e o que está no mercado.” Há 10 anos,
a jovem não entra em shopping, pois, segundo ela, é um ambiente que a incomoda,
principalmente pelo objetivo daqueles que estão ali e os tipos de relações
estabelecidas. “Participo de um encontro anual de trocas de roupas. Para a minha
alimentação, participo de redes de agricultura urbana, que são alimentos
produzidos na cidade. Compramos diretamente dos produtores, sai mais barato e
não acumula tanto valores.”
A maior
preocupação de Priscila é com o meio ambiente. Ela procura ter atitudes
sustentáveis, como reciclagem de lixo, usar carona ou transporte público. “Essa
opção de vida me faz sentir em harmonia comigo mesma. Quando fiz essa escolha,
é como se tivesse responsabilidade com as pessoas ao meu redor.” Ela diz que o
encontro com esse modo de vida foi motivado por uma busca de vida saudável, da
saúde do corpo e da mente . “Nunca fiz escolhas motivada pelo financeiro.”
BENS
MATERIAIS
Por mais
que as quatro filhas insistam, Maria Madalena Aguiar, de 66 anos, fica bons
anos sem comprar roupas. Prefere consertar as que tem e não se importa com a
idade delas. Um vestido e um tamanco já estão de bom tamanho. Mesmo morando na
capital, a essência, adquirida na infância, na roça e durante os três anos que
morou em um convento em São Paulo, ela mantém intacta e com orgulho. Diz já ter
conhecido muitas pessoas que ostentam bens materiais. “É de dar dó”, comenta.
Certo
dia, uma de suas filhas a chamou para sair. Ela logo pegou a bolsa de pano e
disse estar pronta para acompanhá-la.
A filha
sugeriu que mudasse de roupa. “Você quer o que visto ou a minha companhia?”,
respondeu Madalena. Apaixonada pelas poesias que cria, ela conta que prefere
andar de ônibus ou a pé a ir de carro. “Temos pernas é para andar.” Compras com
ela, só o essencial. O seu lazer é mexer na terra, com as plantas e aprender
com elas. “A vida simples é uma sabedoria”, avisa. Para ela, ajudar o outro a
ter um coração bom são as grandes riquezas do ser humano.
Madalena
conta a lenda que lhe serve de inspiração. “Uma vez, um turista viajou para
conhecer um grande sábio. Quando chegou, disse a ele que queria conhecer seus
móveis. O sábio, muito tranquilo, mostrou que só tinha uma cama e uma cadeira e
o convidou a entrar. O homem não aceitou, disse estar só de passagem. O sábio
respondeu: ‘Eu também’.” Para essa senhora, a história aponta o que devemos
pensar antes dos bens materiais serem nossos donos. “Caixão não tem gaveta.
Estamos aqui só de passagem.” (LE)
Viver com
o essencial
Este mês,
o New York Times publicou um artigo sobre a vida de Graham Hill, que vive em um
estúdio de 420 pés. Ele tem seis camisas, 10 tigelas rasas que usa para saladas
e pratos principais. Não tem um único CD ou DVD. Era rico, tinha uma casa
gigantesca e cheia de coisas – eletrônicos , carros e eletrodomésticos. “De uma
certa forma, essas coisas acabaram me consumindo”, disse na entrevista. Em
1998, em Seattle, vendeu sua empresa de consultoria de internet, Sitewerks, por
muito dinheiro e passou a comprar muito. Entre as compras, um Volvo preto
turbinado. Mas tudo isso passou a incomodá-lo e a ficar sem graça. E ele
decidiu viver somente com o essencial.
Fonte: Folha Social
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