O ritmo é
proporção em movimento, é duração, repetição, comportamento cíclico, não é algo
que se faça, mas sim algo que nos transporta, é tempo medível e veículo de
integração; o ritmo está na base da vida.
Trabalharemos o ritmo integrando-o no corpo através de práticas simples,
algumas de remotas tradições e outras de recente desenvolvimento. Partiremos de
células rítmicas básicas; estas são os pilares de todas as músicas. Como se
entende um ritmo?
Ampliaremos a
nossa compreensão sobre o ritmo usando diferentes tipos de métrica.
Utilizaremos o corpo como veículo de expressão musical.
OBJETIVOS
- Coordenação
e fluidez rítmica
-
Desenvolvimento da atenção, concentração e coordenação motora
- Descobrir
diferentes possibilidades do corpo como instrumento
-
Aprender ritmos básicos utilizando sílabas onomatopeicas
- Prover
um espaço criativo para o crescimento pessoal e a expressão
-
Facilitar um encontro grupal
CONTEÚDO
- Introdução aos principais ritmos
tocados no médio oriente
- Introdução ao conceito cíclico do
ritmo na India
- Teoria e sistema básico de
escritura do ritmo
- Noções básicas de polirritmia
- Interacção e improvisação grupal
Nascido no Porto(Portugal), vem viajando há mais de dez
anos guiado pelo interesse na música e cultura de diferentes lugares da Ásia,
África, América e Europa. Estudou guitarra clássica, piano, tap dance e jazz no
Porto. No ano 2000 começou a sua viagem em Granada com a guitarra flamenca. Em
busca das raízes de África foi a Essaouira em Marrocos para aprender a tocar o
guembri com Jamal Babamar. O seu interesse na darbouka, no rik e no bendir
conduziu-o até ao Cairo no Egipto. Aí aprendeu com o mestre Hassan Youssef.
Atraído pelos laços que unem o Oriente com o Ocidente voou até Istambul, ponte
entre as duas culturas. Cem Yildiz ensinou-lhe música tradicional turca com o
Saz. Seguindo o seu caminho foi ao Irã para aprender a tocar o Tonbak e o Def.
Por fim o seu percurso levou-o a Varanasi e aí conectou com a forma mais antiga
da música clássica do Norte da Índia : o canto Dhrupad. Recebeu aulas do Dr.
Rajesh Sendh. O Pandit SriKant Mishra foi o seu mestre do tambor que acompanha
este canto: o Pakawaj. Viajou até Bhopal para aprender com os expoentes desta
tradição : os Gundecha Brothers. Em Ajmer recebeu aulas de canto Qawali com o
Professor Ibrahim Khan. Na cidade sagrada de Pushkar esteve com o mestre de
Natuji que lhe ensinou a tocar o Nagara. No Sul da Índia aprendeu Solkattu con
V. Suresh e canto carnático com Anuradha Krishnamurthi. Desenvolveu o canto
difónico de forma autodidacta. Recentemente esteve em Pequim para aprender a
tocar o Kuzheng com a professora Wang Yao. Actuou em Portugal, Espanha, França,
Marrocos, México, Turquia, Irao, Índia, China e Brasil. Explora com profundidade
a improvisação e a espontaneidade misturando elementos da cultura oriental como
as ragas da India com a polifonia da cultura ocidental.
0 Comentários
Comente aqui