Canção é a primeira parceria da artista feirense com a Siri Music
Como muitos artistas, Karol Freitas
saiu do interior para morar em uma capital, pensando em estudar, mudar de vida,
sempre acreditando que as coisas seriam muito diferentes. Escolheu como lar
Salvador (BA), onde passou oito anos. Mas, apesar de todas as belas paisagens,
pontos turísticos e grande acesso à cultura (que inclusive são citados na
música “Pagando Patos”), também se deparou com outras realidades, amadureceu e
passou a ter noção de que “o pedaço de mar” não era tão azul assim.
E foi depois de viver sozinha, começar
a pagar as próprias contas, de presenciar violências em todos os sentidos, que
compreendeu que as desigualdades sociais, de gênero e raça estão por todos os
lugares, e são os menos abastados – em sua maioria pretas, pretos e pobres –
aqueles que pagam o pato, principalmente em um momento de pandemia, pelo qual
passamos.
E foi esta a inspiração para compor a
canção, em coautoria com o multinstrumentista Felipe Guedes. “Acredito que
‘Pagando Patos’ mostra não só a minha, mas a indignação de outras pessoas que
estão simplesmente esgotadas: de trabalhar e não ver um retorno, de se deparar
com o (des) governo em que vivemos, de ver tanta gente morrendo nos noticiários
– gente que agora está a cada dia mais perto de nós, já que aqueles rostos do
jornal passaram a ter nomes conhecidos. E pior é ver que tanta gente também
banaliza a pandemia e continua vivendo por aí, sem máscara, pelas ruas, como se
tudo estivesse normal, sem qualquer cuidado com a saúde do próximo”, desabafa
Karol.
O single foi gravado no Gato Preto
Estúdio, em Feira de Santana, e quem assina a direção musical é Dinho Filho. A
capa, elaborada pelo artista visual Don Guto, traz uma nota de R$ 200,00
(duzentos reais) com um pato substituindo o novato e polêmico Lobo-Guará, além de
cruzes, que representam diversas vidas perdidas: sejam elas na pandemia, de
mulheres em situação de violência doméstica, em chacinas ou no genocídio
institucionalizado do povo preto.
A feirense, que consegue transformar
até sua indignação em samba, tem a canção como sua primeira parceria com o selo
Siri Music. E, embora deixe evidente que também está cansada de “pagar o pato”,
a letra da artista e a própria arte da capa expõem, através do “Senhor do
Bonfim”, a força e a fé que o povo baiano tem de que as coisas vão melhorar e
que um futuro melhor há de vir.
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FICHA TÉCNICA
Composição: Karol Freitas e Felipe Guedes
Intérprete: Karol Freitas
Violão: Felipe Guedes
Guitarra: Gabriel Matos
Contrabaixo: Jonas C. Santos
Piano: Léo Menezes
Bateria: Tymas Araújo
Percussão: Dinho Filho
Arranjos e direção musical: Dinho Filho
Engenharia de gravação, mixagem e masterização: Dinho Filho
Produção executiva: Geraldo Barretto
Gravação no Gato Preto Estúdio – Feira de Santana/BA (jan/2020)
QUEM É KAROL FREITAS?
Com um repertório variado, Karol Freitas
passeia entre o MPB, a bossa nova e o samba jazz, sempre realçando a riqueza da
música brasileira, mas também trazendo elementos universais que conseguem
traduzir suas emoções. Além de cantora, Karol descobriu-se compositora e
lançou, em 2017, o seu primeiro single junto com o clipe, “Fio da Navalha”, uma
bossa nova feita com Felipe Guedes e o cantor e compósito soteropolitano Ian
Lasserre.
Desde então, já lançou mais cinco
singles autorais. Entre eles estão “Conto de Ijexá” (2018), que conta com um
clipe ambientado no mar do Rio Vermelho, e “Adultescência (Crescer Dói)”, em
parceria com o cantor Daniel Dandê (2018). Ainda em 2018, lançou a faixa “Eu
perco a razão”, com participação do grupo Roça Sound, retratando a violência
urbana e as sensações coletivas de medo.
Em 2019, em coautoria com a rapper
feirense MC Duquesa, surgiu a canção “A Cor da Solidão”, que fala da solidão da
mulher negra, uma vez que, estatisticamente, é a mulher negra que sente na pele
os efeitos do preterimento durante toda a vida. Mulheres que, mesmo almejando
estabelecer um relacionamento amoroso, passam a ser vistas somente pelo seu
sexo expropriado e hipersexualizado. A música, que mescla samba com o rap,
fala, acima de tudo, de representatividade.
No ano de 2018, Karol foi finalista do
16º Festival Metropolitano de Música Vozes da Terra, em Feira de Santana, com a
canção “Samba da Caminhada”, outra parceria com Felipe Guedes.
Agora, a artista se prepara para lançar seu
primeiro EP com canções autorais, intitulado “Refúgio”, que também contará com
direção musical de Dinho Filho.
De formação, além de cantora e
compositora, Karol Freitas é advogada, graduada em Direito pela Universidade Federal
da Bahia. Desde a adolescência, fazia aulas de teatro no Curso Livre do Centro
Universitário de Cultura e Arte (CUCA) da Universidade Estadual de Feira de
Santana, sua cidade natal, tendo feito, ainda durante a faculdade de Direito,
aulas de canto na extensão da Escola de Música da UFBA – o que impulsionou
ainda mais o seu desejo de atuar no campo das artes, não somente como cantora e
atriz, mas também na seara da produção. Já produziu shows de diversos artistas
e bandas, foi produtora do projeto semanal “Rota Sons” na Varanda do SESI, fez
a produção do show de lançamento do álbum “Sonoridade Pólvora”, do cantor e
compositor Ian Lasserre, além de fazer a produção executiva do videoclipe
“Maré”, lançado pelo jornal O Estado de São Paulo, em parceria com o diretor de
filmagem Matheus Pirajá. Karol também atuou como produtora de outros artistas e
bandas baianas como a Afrodendê, Paulo Giron, Catala à Brasileira, KombiNação,
Carol Soares e produziu a gravação do DVD do cantor Gil Camará. Atuou, ainda,
na coordenação cultural de outros eventos como o Encontro Nacional de Estudantes
de Direito e do Café Filosófico da Faculdade Anísio Teixeira – FAT.
É radialista, assessora de comunicação,
redatora publicitária e concluinte do curso de Jornalismo.
Fonte: diFreitas Produções
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