Na manhã desta terça-feira, 25 de setembro, servidores
públicos do município de São Francisco do Conde uniram-se na entrada da cidade.
O sentido da classe é continuar reivindicando por valorizações devidas aos
profissionais, principalmente na área de Educação.
O prefeito da cidade, Evandro Almeida, esteve presente no
ato praticamente quase desde o início do mesmo. Depois de brados e gritos como
“Queremos Solução” e “Não viemos machucar, não viemos ofender, viemos para a
educação melhorar”, sucedeu uma série de explicações por parte do prefeito.
Algumas paralisações têm acontecido no município. A
insatisfação toma conta não apenas da categoria educacional. Porém, na data
vigente as principais pautas são o reajuste salarial de acordo data base 2018;
a volta da folga semanal para os agentes de apoio educacional, já que os outros
profissionais da área têm essa folga e a resolução sobre o transporte, que foi
retirado há poucas semanas para as cidades de Salvador e Santo Amaro.
O professor de História Diego Roberto opinou sobre o
momento. “A gente tem passado por instantes no país de situações precárias.
Aqui no município estamos sem reajuste salarial, o transporte foi retirado. Os
agentes de apoio educacional necessitam de folga, são profissionais de educação
como todos nós. Queremos uma Educação valorizada dentro de um projeto também
estadual e federal. A Educação precisa ser base de construção do país. O
Ministério Público é um órgão que pretende ser fiscalizatório do que temos
sofrido desde que adentramos a rede. Não estamos tomando o emprego dos
habitantes. Temos a intenção de estar ao lado da população para o crescimento
do município. quanto ao estágio probatório, é uma etapa do processo onde tem que
haver lisura da burocracia".
Em complemento, outro professor discerniu sobre o assunto.
“A principal condição é a qualidade do trabalho. Outras categorias deveriam
estar presentes. E para esse movimento crescer falta pressionar a prefeitura.
Pra fortalecer mais. Em prol do coletivo," explicou Vinicius Diego,
professor de Educação Física. Seu colega, Diego Roberto, ainda ressaltou que a
etapa é para que entendamos a realidade do funcionalismo no qual adentramos.
Que não é justificativa para cruzarmos os braços e aceitar qualquer atitude que
vá de encontro à educação de qualidade, ou que se perceba tentativa de barrar o
desenvolvimento da população. Por fim, se mostrou feliz pelo crescimento do
movimento e por acreditar no bom senso da gestão pública.
Também participante da Marcha, o agente de apoio Paulo Rios
enfatizou como é desmotivante para o trabalhador não ter folga. O presidente do
Sindsefran (Sindicato dos Servidores de São Francisco do Conde) também estava
presente.
A Marcha deu continuidade até chegar à Secretaria de
Educação (Seduc). Um microfone foi aberto e vários participantes se
manifestaram expressando que não é vontade que o povo franciscano fique
desempregado. Que a crise está em todos os lugares. E que há de se ter cuidado
de onde corta. Mas sem transporte, como o profissional chega? Já que há lugares
de difícil acesso. Com o sofrimento dos profissionais, o povo sofre junto. Tem
efetivo, tem contratado, mas na folha dos concursados não tem entrado. E
transporte é qualidade de vida. Outra reclamação foi acerca do enquadramento.
Por que há desigualdade entre as categorias de uma mesma área? Como anda o
repasse? Espera-se que a prefeitura apresente uma contra proposta. Sem
transporte os alunos também saem prejudicados. A professora Suziane Nascimento
declarou que o movimento pela Educação é para aprimorar. E foram acrescidas
também falas sobre a saúde do trabalhador, sobre investimentos feitos onde não
há resultados, e uma apresentação de uma categoria adoecida, trabalhando em
salas quentes, por exemplo.
O secretário Marivaldo do Amaral, por fim, reuniu-se com os
educandos no auditório da Seduc. Ficou de se encontrar com os gestores para
saber se terá viabilidade da folga e que até dia 05 de outubro dá uma resposta.
Sobre o transporte haverá uma conversa com a prefeitura.
Ficou decidido que dia 27 de setembro haverá uma Assembleia.
Afinal, de onde tirar dinheiro de forma que não prejudique a gestão pública?
Como beneficiar a população? Vão atender necessidades básicas dos
trabalhadores? Queremos soluções.
Enviado pela jornalista Laísa Melo
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