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Pedagoga e ativista cultural Hely Pedreira |
"As comunidades tradicionais são capazes de gerar renda e criar
novos postos de trabalho, resultando em alternativas de desenvolvimento e de
fortalecimento socioeconômico”. A afirmação é de Dandara Lopes, da Coordenação
de Políticas para Povos e Comunidades Indígenas, durante a Oficina de Turismo
Étnico Afro, realizada não dia 07 de agosto, no auditório do Mercado de Arte
Popular (MAP).
Com o tema “Empreendedorismo Étnico e Étnodesenvolvimento”, o evento
promovido pela Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento
Econômico, por meio do Departamento de Turismo, reuniu atores sociais ligados à
cultura étnico-afro do município, a exemplo de mestres de capoeira,
representantes do candomblé, produtores culturais e artesãos. O objetivo é qualifica-los
para a implantação da Rede de Turismo Étnico Afro.
“As comunidades já têm seu produto estabelecido. No entanto, é
necessário se qualificar, através das formações, para daí fortalecer a
atividade que oferecem e fazer sua autogestão”, acrescentou Dandara.
Atividade fortalecida
Há quatro anos confeccionando turbantes, Adão Ferreira reconhece o
quanto é necessário se preparar para desenvolver sua atividade e, com isso, dar
visibilidade ao seu produto. “Isso vai fortalecer o meu trabalho”, entende.
“Sem a visibilidade devida”
A pedagoga e ativista cultural Hely Pedreira (foto) também participou da
oficina. Conforme observou “Feira de Santana é dotada de muitos espaços ligados
com a cultura afro, e de linguagens artísticas variadas, mas que não têm a
visibilidade devida”, avalia.
“A partir da formação da Rede de Turismo Étnico Afro, a nossa cidade vai
passar a ser vista não só pelo turista, mas pelo próprio cidadão que mora
aqui”, prevê.
Roteiro Turístico
De acordo com a diretora de Turismo, Graça Cordeiro, o objetivo das
oficinas é qualificar os diversos atores sociais ligados ao movimento
negro. O foco é implantação do Roteiro de Turismo Étnico Afro, que deverá
ser comercializado a partir de janeiro de 2019.
“A proposta é preparar os produtores da cultura de matriz africana do
nosso município para que tenham condições de receber o turista, de modo
organizado e profissional, nos diversos segmentos, assim como já acontece em
Salvador, Cachoeira e São Félix”, afirmou.
Ainda estão previstas mais duas oficinas, além de visitas técnicas aos
equipamentos – escolas de dança afro, oficinas de instrumentos de percussão,
terreiros, espaços de capoeira e de culinária, além do setor de confecção.
Fonte: Secom Feira
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