Figura: “Elomar Figueira” de Juraci Dórea.Disponível em:www.correio24horas.com.br
Mote: Poeta Mandacaru Verde
Glosa: Nivaldo CruzCredo

Sou o tabaréu falado,
Não costumo na cidade,
Sou mais a liberdade
De viver no meu roçado,
Fico mesmo é intrigado
Com toda essa confusão
De gente e poluição,
Fujo desse problema ,
“Sou sertanejo da gema
Sou matuto do sertão.”

Sou beiju na farinha,
Sou quebra de licuri,
Sou banguelo quando ri,
Sou corrida de argolinha,
Sou a água da quartinha,
A gordura do barrão,
O pilado do pilão,
Da poesia sou o tema,
“Sou sertanejo da gema
Sou matuto do sertão.”

Carne no fogão de lenha,
O gostoso da coalhada,
O frescor da invernada,
O interior lá das brenhas,
O que tenha e não tenha
Nesse grande torrão,
Sou sol quente de verão
Sou espinho de Jerema,
“Sou sertanejo da gema
Sou matuto do sertão.”