![]() |
Foto: IPAC Bahia |
Até o final
do primeiro semestre de 2017 o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural
(IPAC) finaliza o dossiê sobre a manifestação ‘Zambiapunga’, que ocorre no início
de novembro no Baixo Sul baiano, em municípios como Cairu, Nilo Peçanha,
Taperoá e Valença. O dossiê começou a ser elaborado no segundo semestre deste
ano e fundamentará o pedido de registro especial da manifestação como Patrimônio
Imaterial da Bahia. As pesquisas contaram com cooperação técnica do Instituto
de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Ides).
“A
tradição é marcada pelo uso de adereços alegóricos: trajes de roupas coloridas
e papéis de seda”, explica o diretor de Preservação do IPAC, Roberto Pellegrino.
Nos períodos de festejo, um grupo de homens utilizam búzios gigantes e enxadas
tocadas como instrumentos de percussão. “Geralmente eles se espalhavam pelas
ruas durante a madrugada, acordando a população em ritmo de celebração”, conta Pellegrino.
O
primeiro passo do IPAC foi realizar pesquisa, com visitas de campo,
entrevistas, coleta de documentos, fotos e jornais antigos, dentre outros itens. “Agora
elaboramos o dossiê. Uma parte já está pronta e a outra finalizamos no primeiro
semestre de 2017”, afirma a antropóloga do IPAC, Adriana Cerqueira, responsável
pela redação do documento. Depois, o dossiê segue para a Secretaria de Cultura e
o Conselho de Cultura (CEC, www.conselhodecultura.ba.gov.br). Após aprovação, é apresentado ao governador, que faz
análise final e assina decreto tornando a manifestação protegida pelo Estado da
Bahia.
Considera-se
que a palavra Zambiapunga vem de Zambiapombo, Nzambi Mpungu, Zambi e Nzambi, originárias
dos povos Bantu de onde veio também a tradição do candomblé da nação angola na
Bahia. Esses entes sacros seriam correlatos ao deus Olorum do candomblé Ketu, e
é sincretizado no catolicismo ao Senhor do Bonfim. Os bantus são originários de
Angola e Congo, na África. Se aprovada no CEC, o Zambiapunga será inscrito no Livro
de Expressões Lúdicas e Artísticas da Bahia. Outros dados via telefones (71)
3116-6741 e 3116-6828 ou endereço geima.ipac@ipac.ba.gov.br. Fique informado no site www.ipac.ba.gov.br, facebook Ipacba Patrimônio, twitter
@ipac_ba e instagram @ipac.patrimonio.
Assessoria de Comunicação – IPAC
Jornalista responsável Geraldo Aragão (DRT-BA nº 1498)
Coordenação de Jornalismo e Edição: Marco Cerqueira (DRT-BA nº 1851)
Texto-base e entrevistas: Cecília Oliveira (estagiário de jornalismo)
0 Comentários
Comente aqui