A
Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo, em Itacaré, construída em 1723 e tombada
desde 2010 como Patrimônio da Bahia, já está pronta para o Natal, quando
ocorrerá missa para toda a comunidade. Isso, graças ao esforço da campanha ‘A
Fé Restaurada’ de moradores locais. “Só da comunidade local conseguimos reunir
R$ 200 mil para restauro interno da igreja”, comemora o pároco, Padre Ednaldo
Cardoso. Segundo ele, as obras duraram 11 meses, começando em janeiro e
terminando no último domingo (11) quando o templo foi entregue à população. “Realizamos
caminhada nas ruas da cidade, a partir das 17:30h, tivemos celebração
eucarística e sagração do altar a São Miguel”, relata o padre. Itacaré fica a
428 km de Salvador, na foz do Rio de Contas, que nasce entre as cidades de Piatã
e Abaíra, na Chapada Diamantina, e deságua no Oceano Atlântico.
O
Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da Secretaria de Cultura
do Estado (SecultBA), participou com fiscalização e orientação técnica. “Em
monumentos tombados é fundamental a fiscalização técnica para dispor de
orientação especializada evitando possíveis danos aos bens artísticos, móveis e
integrados, e ao estilo arquitetônico original”, afirma o diretor geral do IPAC,
João Carlos de Oliveira.
PARCERIAS e
RESTAUROS – Segundo
especialistas, a maior parte dos centros históricos e monumentos arquitetônicos
da Europa e Estados Unidos são restaurados a partir de parcerias
público-privadas que envolvem grandes empresas, doadores das comunidades e até
turistas.
“No
caso do Brasil, existe uma crise econômico-financeira e contingenciamentos
orçamentários que nos obriga a ter gestão mais criativa e empreendedora”,
explica João Carlos. Em Itacaré, além da campanha comunitária para coleta de
recursos, a prefeitura local e a Paróquia de Ilhéus contribuíram com apoio
logístico-operacional. Já o IPAC, com a fiscalização e orientação técnica.
O
IPAC está implantando seu sistema de parcerias em todo o estado. Podem participar comunidades,
empresas privadas, prefeituras, paróquias e organizações não-governamentais. Em
alguns municípios o instituto faz orientação técnica, e em outros disponibiliza
operários e ferramentas, enquanto os parceiros conseguem recursos para compra
de materiais.
As
parcerias do IPAC também acontecem em Salvador, como no projeto de obras na
sede do Projeto Axé (Pelourinho), com possibilidade de recursos do governo
austríaco. As igrejas de Brotas (Salvador) e Miradouro (Xique-Xique), também
são exemplos. Ou ainda o Convento dos Humildes (Santo Amaro), as imagens sacras
de Montes Altos e as imagens do Convento da Piedade (Ilhéus) que receberam
recursos de Editais/SecultBA e o IPAC fez a fiscalização. Obras na Casa Zélia
Gattai, via Fundação Casa de Jorge Amado, na Igreja do Rosário dos Pretos e no Mercado
de Santa Bárbara foram outros exemplos em Salvador. Para mais informações acompanhe
o IPAC no site www.ipac.ba.gov.br, facebook ‘Ipacba Patrimônio’, twitter
‘@ipac_ba’ e instagram ‘@ipac.patrimonio.
Assessoria de Comunicação – IPAC
Jornalista responsável Geraldo Moniz (DRT-BA nº 1498)
Coordenação de Jornalismo e Edição Marco Cerqueira (DRT-BA nº 1851)
Texto-base: Ully Gomes e Elaine Mendes (estagiária de jornalismo)
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