Everton Nery
A cura é uma busca constante de harmonia.
Ela envolve equilíbrio físico, psíquico e emocional
Pode ser alcançada se nos percebermos
E nos tratarmos de forma integral
Vive-se em grande ansiedade, depressão,
Com recheios agressivos de angústia e ilusão
São todos uma presença
Num estágio de permanência
São inúmeros os desafios,
Eles envolvem os mais intensos processos de cura.
Aqui se instalam as crises em sua profundidade
Elas são aberturas para uma outra realidade
A crise aponta para a saída da grande hipnose
Ela pode ser desencadeada por vários desgastes:
Perda física de alguém, fim de relacionamento, demissão,
uma nova rotina e até mesmo relação de submissão
Não se constrói uma mudança de uma hora para a outra
Entendemos a crise como um princípio
Algo que vai além do início
Que aponta para uma nova vida, sempre a beira do precipício
A crise abre portas e janelas para outra concepção de existência
Essa que está em constante construção da experiência
Numa saída permanente da escuridão,
Caminhando nas incertezas no despertar da própria luz, sem solidão.
Na cura provavelmente existe dor
Não sendo minimamente agradável, mas muito assustador.
Apesar de ser uma experiência individual
Ela não é solitária, mas amplamente solidária
Não se sai da crise como se entrou
Um novo si mesmo é aí gestado
Um novo nascimento é o acontecimento
Um amanhecer, sem adoecimento
Na cura afasta-se de tudo que provocava o adoecer
O caminho da cura é pela via do inconsciente e do consciente
Seja qual for a realidade que se aponta de forma imanente,
A morte natural apresenta-se como mistério transcendente.
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