Kálfafell, Iceland - Foto: Gantas Vaičiulėnas (Pexels)



Everton Nery


No mundo do ciberespaço, uma criança se perdeu, 

No paraíso artificial, onde a realidade desapareceu. 

O celular virou seu portal, seu guia, sua voz, 

Onde o mundo presencial ficou esquecido, parece não existir um nós. 


Na calçada e no parque, ela estava ali presente, 

Mas seu coração em outro mundo, envolvente. 

No reino virtual, seus heróis e amigos se esconderam, 

E com o mundo presencial, um elo se rompeu, desapareceram.


Ela virou um ser do outro mundo, digital e intangível, 

Onde a interação acontece de forma invisível. 

Seu interesse mudou, o velho mundo não a segura, 

Pois o novo é cativante, o antigo perdeu a ternura.


Na tela do celular, seu ser se transformou, 

Ela mergulhou nas ondas digitais, um novo mundo abraçou. 

Sua educação, suas leis e regras, tudo mudou, 

Na sala, na aula, no sofá, em todos os lugares se transformou.


Pergunte onde está sua alma, e ela responderá, 

"No mundo virtual, onde minha essência ficou a dançar." 

Lá, sua presença se expande, suas ideias se misturam, 

Como uma meditação profunda, nesse mundo, ela se aventura.


São os milagres das mídias, das redes e da inteligência, 

Uma transmigração moderna, uma nova experiência. 

Lutar contra isso é inútil, uma bênção ou maldição, 

As pessoas, de todas as idades, são atropeladas nessa confusão.


Rezamos o credo de cada site, o rosário do internauta, 

Em busca do fascinante céu virtual, essa jornada é nossa pauta. 

No paraíso artificial, todos parecem se perder, 

No mundo digital, encontrando o que desejam e viver.