Everton Nery
No mundo do ciberespaço, uma criança se perdeu,
No paraíso artificial, onde a realidade desapareceu.
O celular virou seu portal, seu guia, sua voz,
Onde o mundo presencial ficou esquecido, parece não existir um nós.
Na calçada e no parque, ela estava ali presente,
Mas seu coração em outro mundo, envolvente.
No reino virtual, seus heróis e amigos se esconderam,
E com o mundo presencial, um elo se rompeu, desapareceram.
Ela virou um ser do outro mundo, digital e intangível,
Onde a interação acontece de forma invisível.
Seu interesse mudou, o velho mundo não a segura,
Pois o novo é cativante, o antigo perdeu a ternura.
Na tela do celular, seu ser se transformou,
Ela mergulhou nas ondas digitais, um novo mundo abraçou.
Sua educação, suas leis e regras, tudo mudou,
Na sala, na aula, no sofá, em todos os lugares se transformou.
Pergunte onde está sua alma, e ela responderá,
"No mundo virtual, onde minha essência ficou a dançar."
Lá, sua presença se expande, suas ideias se misturam,
Como uma meditação profunda, nesse mundo, ela se aventura.
São os milagres das mídias, das redes e da inteligência,
Uma transmigração moderna, uma nova experiência.
Lutar contra isso é inútil, uma bênção ou maldição,
As pessoas, de todas as idades, são atropeladas nessa confusão.
Rezamos o credo de cada site, o rosário do internauta,
Em busca do fascinante céu virtual, essa jornada é nossa pauta.
No paraíso artificial, todos parecem se perder,
No mundo digital, encontrando o que desejam e viver.
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