Em 20 de novembro celebramos a ancestralidade de Zumbi dos Palmares. Líder símbolo de resistência africana contra as forças coloniais.
Graças ao Movimento Negro, reposicionamos no calendário nacional a História de Zumbi dos Palmares, uma vez que a “Lei Áurea” assinada pela Princesa Isabel, sustentou por décadas a ideia de que somos um povo passivo e dependente do heroísmo branco.
A consciência é Negra. Nem todos os descendentes de africanos em razão das dinâmicas de mestiçagem têm a cor preta. Somos diversidade em Negritude.
A luta do movimento negro brasileiro denuncia a farsa jurídica republicana, sustentada por uma historiografia racista disposta a manter narrativas em torno duma democracia racial, inclusive da mulher branca “Mãe dos Escravos”.
Por que Consciência Negra?
Ora, a contribuição intelectual da militante Lélia Gonzalez, propôs diálogo com a psicanálise lacaniana, afinal, ‘Memória é tudo aquilo que a Consciência não pode apagar.’
Fora da matripotência de Afrika estamos deslocados da raiz familiar yoruba, bem como da mundividência Bantu.
Estamos vivendo sob a condução identitária duma neurótica adolescente sociedade brasileira que tenta a todo custo apagar a Consciência Negra.
Nós comemoramos o 20 de novembro.
E com maus olhos repudiamos quaisquer festejos em 13 de maio.
Repudiamos veementemente quem fala de consciência humana.
Nós guardamos a memória de Zumbi dos Palmares, o Nosso Pai.
As Mães Pretas, são, nossas mães de verdade.
Na Quilombagem criamos o primeiro Estado livre das Américas, qual seja o Quilombo de Palmares.
Lá, não tinha exploração de classe, nem subordinação de gênero e nem opressão de raça.
Segundo aponta Lélia Gonzalez, o Sinhô patriarca branco recebeu belo de um corno das mães pretas. E por isso que nessa família chamada Brasil, a Princesa Isabel sempre será a Outra.
Valeu Zumbi!!
Por Carla Akotirene Santos -
Publicado em @carlaakotirene (Instagram)
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