Glosa Nivaldo CruzCredo
Êta que povo agoniado,
Vem de cá, vem de lá,
Num sabe onde quer ficar,
Que só anda apressado,
Muito do mal educado
E esse cheiro de fumaça
Ruim virado a desgraça,
Isso é o inferno do cão,
Isso aqui não é vida não,
Aí começo logo a pensar,
“Não tem como não lembrar,
Das coisas do meu sertão.”
Essa tal cidade grande,
Pode ter essa bondade,
Que o povo faz alarde,
Por onde os outros ande
Ou ser boa pra quem mande,
Mas pra mim né boa não,
Só cheira a poluição,
Isso aqui me faz chorar,
“Não tem como não lembrar
Das coisas do meu sertão.”
Xilogravura: “Paisagem do Sertão” do Mestre J.Borges. Disponível em:<catalogodasartes.com.br>
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