Minibiografia

Juan Glavemburgo nasceu em Feira de Santana, interior da Bahia, em 17 de março de 1998, é estudante de Filosofia, poeta, apaixonado por Alice no país das maravilhas e por histórias contadas ao redor de fogueiras. Desde muito pequeno se encantou pelo poder criativo das palavras e como a linguagem poderia criar caminhos de possibilidade narrativa. Desse modo, “Bodevan e o sumiço do quarto” é a tentativa da criação de um universo de sentido paralelo no qual todas as crianças possam se encontrar.

 

Trecho da obra para a contracapa

Bodevan girou a maçaneta, hesitante, suas mãos trêmulas ao tocar o ferro gelado. A lingueta da fechadura gemeu e os parafusos berraram para o milagre da porta não trancada. Suas mãos abriram levemente a porta. Talvez ele estivesse sonhando e, por um instante, riu. Seus olhos piscaram incrédulos. Onde estava o quarto da mãe? Na verdade, onde estava sua mãe?

 

Apresentação para a orelha

A vida está cheia de enigmas! É isso mesmo! Foi isso que aconteceu com Bodevan quando ele acordou em seu aniversário de sete anos e se viu num frio terrível dentro de casa, e pior! Sua mãe havia desaparecido. Em meio a uma avalanche de ideias do que poderia ter acontecido, o quarto de sua mãe ainda por cima tinha sumido. Sim! Sumido. Do nada. O garoto está prestes a ter um ataque do coração quando seu pai toca a campainha. Ufa! Ele saberia o que fazer. Mas Bodevan não consegue abrir a porta. Na verdade, ele não consegue abrir porta nenhuma para deixar seu pai entrar. Ele estava sozinho. O que fazer? Como ele deixaria seu pai entrar, encontraria sua mãe e se manteria aquecido para não virar uma estátua de gelo? Ele não tinha outra opção a não ser resolver aquele quebra-cabeça que parecia ter sido posto de propósito logo no dia de seu aniversário.


Resumo da obra

Bodevan acordou em seu aniversário de sete anos e sua mãe havia desaparecido. O garoto logo percebe que está trancado em casa, o aquecedor pifou e o frio aumenta a cada segundo. Sua mãe era a única que tinha a chave das portas. Seu pai trancado do lado de fora não consegue ajudá-lo e o garoto muito assustado com a situação acredita que sua mãe nunca o deixaria sozinho num dia como aquele. Talvez fosse uma brincadeira de mal gosto? Inclinado a acreditar que tudo aquilo era um enigma, Bodevan começa a procurar pistas que pudessem levar até sua mãe; até que se depara com o quarto dela entreaberto.

Porém, no lugar do quarto comum em que ela dormia, um enorme salão com diversas portas de todos os tipos e materiais decoram o ambiente numa luminosidade brilhante. Com a certeza de que sua mãe estaria escondida em uma das portas, Bodevan se aventura numa jornada épica com senhoras tecelãs que fiam o destino, bosques com animais falantes e plataformas flutuantes que brotam comida do nada, sereias maldosas e até mesmo uma vila sombria no meio de um bosque onde o prato principal são os próprios visitantes. No desespero de achar respostas, Bodevan se esbarra com um coelho falante e uma garotinha de outra galáxia que vai ajudá-lo a trilhar o caminho em busca dos rastros que sua mãe deixou.

Em meio ao entre e sai de portas, negociações mal feitas com as sereias por um objeto capaz de capturar a Sombra, uma entidade milenar, que pode estar mantendo a mãe de Bodevan em cativeiro; os garotos correm contra o tempo antes que a Sombra a leve para sempre.



 A proposta

A proposta visa fomentar um espaço de diálogo, uma vez que terá participação de Rogério Lima De Almeida (filósofo e pesquisador em filosofia) como apresentador e mediador do evento e da Psicóloga Ana Luiza Carneiro que trará importante enfoque no diálogo entre a história contada em Bodevan e as nuances do tema: depressão, distanciamento e abandono e como na contemporaneidade as famílias tem lidado com a questão na infância das crianças.

Relevância: Acredito que o lançamento é um importante evento para a comunidade feirense uma vez que traz um autor regional com um livro infantil que trata eixos temáticos como depressão, distanciamento e abandono através do olhar sensível de um garoto, Bodevan, que acorda em seu aniversário de sete anos e sua mãe havia desaparecido. O livro foi escrito em 2020 durante a pandemia num momento de total isolamento em que eu senti a necessidade de me aproximar da minha criança interior e criar um universo paralelo onde eu e outras crianças e adultos pudessem se identificar. A relevância de valorar e legitimar a literatura feirense me parece de grande importância para a construção de uma comunidade mais leitora e que fomenta a cultura através das palavras.

 

Nome do autor: Juan Glavemburgo Santos Bacelar Brito

Nome de autor: Juan Glavemburgo

Email: juangbb17@gmail.com

Cidade: Feira de Santana – Bahia

 

Enviado por Sostenes Luz