Foto: Reprodução (Barbie The Movie)

 

“Barbie” não é apenas um case de marketing porque tem arrastado multidões vestidas de rosa para as salas de cinema.


“Barbie” não é apenas um case de marketing porque está reposicionando a boneca como um ícone feminista para as novas gerações.


“Barbie” não é apenas um case de marketing porque criou um dos maiores engajamentos orgânicos na história recente das redes sociais.


 “Barbie” é – principalmente – um case de marketing porque materializa uma importante transição no modelo de negócios da Mattel: o blockbuster transforma, definitivamente, uma empresa que até então se via como uma fabricante de brinquedos numa companhia que gerencia marcas de entretenimento.


 Impossível não citar o conceito de “miopia de marketing” para falar de “Barbie”. Segundo a definição, “miopia de marketing” é quando uma empresa não consegue enxergar para além dos produtos e serviços que costuma oferecer para os consumidores.


 Um exemplo clássico de “miopia de marketing” é o da Kodak, que achava que seu negócio era produzir filmes para máquinas fotográficas em vez de permitir o registro de memórias independentemente da tecnologia. Quando veio a era digital, a empresa ficou para trás. 


 Desde 2018, sob nova gestão, a Mattel investe pesado na criação de franquias para o cinema a fim de evitar o destino da Kodak.


 Ao se aproximar de Hollywood, dando liberdade criativa para talentos como Greta Gerwig, a Mattel quer vender mais do que brinquedos: ela quer estar presente nos momentos de diversão de milhões de pessoas, de todas as idades, não importando o meio.


“Barbie” poderá entrar para os livros de marketing porque, antes de tudo, é uma poderosa arma de entretenimento do capitalismo moderno.    


#UmaPausaParaPensar #Marketing #Barbie


Por Eliseu Barreira Junior (Linkedin)