Ilustração – Foto do autor com tratamento digital. Disponível arquivo particular do mesmo.


Mote – Autor desconhecido

Glosa – Nivaldo CruzCredo


A minha fala é sertaneja

Como o suor que pinga

Pelo calor da caatinga,

Como o cabra que deseja,

Quando o céu vem e troveja,

A chuva que vai descer,

Como cada amanhecer

Nesse sertão que é sofrido,

Sou Nordestino Assumido

Com Muito Orgulho De Ser

O meu falar catingueiro,

Tem espinho e fruto de Juá,

O poder caçador do Carcará,

A sombra boa do umbuzeiro,

A resistência do Facheiro,

Suçuarana e o seu poder

A beleza do entardecer

Nesse sertão tão querido,

Sou Nordestino Assumido

Com Muito Orgulho De Ser.

Cada unha arrancada

Nos tropeços do caminho,

Cada furo de espinho

Pelo andar lá na estrada,

Cumprindo minha jornada,

Na Busca d’água pra beber,

A luta pra sobreviver

Me ensinou ser destemido,

Sou Nordestino Assumido

Com Muito Orgulho De Ser.