Recortes da memória afetiva de Everton Nery

                                                                    


Este aniversariante muito nos presenteou.

Ele narrou cantando que ....

Quando nasceu veio um anjo safado.

Esse anjo só podia ser desse jeito.

Pois ele já chega dizendo que agora era o herói.

Mas sabe o que fez: sentou-se pra descansar como se fosse sábado ....

Ele falou de lado, olhou pro chão e...

Ouviu o galo insistir em cantar.

Sentiu a pele toda arrepiar

Para em bom tom cantar:

Que esta canção não é mais que mais uma canção!

Ele faz uma ilusão ... Soletra um verso

Ao iludir e soletrar:

Traga a dor e engole a labuta.

Assim é melhor ser filho da santa ou da outra.

Um anjo?

Seja quem for:

Depois se pensa na vida pra levar

Para poder quem sabe partir num zepelim prateado.

Sofrendo, dançando e,

Cantando coisas de amor.

Fica-se quase na certeza,

que o mundo todo compreendeu.

Tendo feito essa compreensão

Para que todos vão para a praça e começaram a se abraçar.

Entretanto, tem dias que a gente se sente

Como quem partiu ou morreu

Tá lá no evangelho, garantem os orixás

Seja como for:

Me conta agora como hei de partir!

Só sei dizer que:

O que não tem governo, nem nunca terá.

Não quero aceitar que me acostumaram.

Entendo que:

Nós, gatos, já nascemos pobres

Porém, já nascemos livres.

Em liberdade que é pra ninguém reparar

Assim: Mirem-se no exemplo

E ... Não se afobe, não

Pois ... gritam nos mercados que com certeza:

Amanhã há de ser outro dia!

Obrigado Chico,

pelo seu engajamento, coerência e ousadia.