Mote – Poeta Diomedes Mariano
Glosa – Nivaldo CruzCredo

Quando vi, minh’alma foi ao chão,
Uma lágrima teimosa ali caiu,
Meu coração que é tão forte se partiu,
Era o lugar da minha estimação
O melhor da infância no sertão,
A casa sede tá muito maltratada,
O mato toma conta da estrada
E não dar pra se ver nem o terreiro,
Vi Os Rastros Das Botas Do Vaqueiro
No Curral Da Fazenda Abandonada.

O passado veio a tona em minha frente,
Vi o lampejo da vida no lugar,
Eu criança correndo a brincar,
Tudo atrás tinha sido diferente,
O lugar ‘qualhadinho’ com minha gente,
A alegria bem ali fazia morada,
Era festa dia, noite e madrugada,
Mas tristeza deu seu nome derradeiro,
Vi Os Rastros Das Botas Do Vaqueiro
No Curral Da Fazenda Abandonada.

O meu povo hoje em dia em só lembrança,
No lugar é só a tristeza e a saudade,
Nada volta, essa é a realidade,
Nesse caso não restou nem esperança,
É só choro pelo tempo de criança,
A emoção chega fica inundada,
Quando o cinema da lembrança faz chegada
E a visão se depara assim ligeiro,
Vi Os Rastros Das Botas Do Vaqueiro
No Curral Da Fazenda Abandonada.