Ilustração – Xilogravura “Ciranda” do Mestre Severino Borges. Disponível aqui


Mote – Poeta José Filó

Glosa – Nivaldo CruzCredo
Não sentir cheiro do passado,
Lembrando daquela  aflição,
Que dói bem no coração
E deixa o cabra “vexado”,
É algo assim “mêi” errado,
É uma vivencia perdida
Sem tamanho e sem medida,
É uma existência enfadada,
Não Ter Saudade De Nada
É Não Ter Nada Na Vida.

Não se lembrar de alguém,
De um tempo ou lugar,
Pra sorrir ou pra chorar,
Não é bom para ninguém,
Não sentir falta também
De uma paisagem querida,
De  um amor ou de uma ferida,
É coisa desanimada,
Não Ter Saudade De Nada
É Não Ter Nada Na Vida.
O tempo de dificuldade,
De quase passar fome
Que só tinha mesmo o nome,
O tempo da felicidade,
Da alegria sem maldade,
Cada história vivida,
Deve ser repartida
Escrita e bem lembrada,
Não Ter Saudade De Nada
É Não Ter Nada Na Vida.