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A geração Coca-Cola não foi tempo perdido |
Nos anos 1980, o rock dominava a cena musical brasileira e era a trilha sonora da redemocratização do país. O espírito da época era de contestação e descoberta da recém-conquistada liberdade. Nesse cenário, quatro garotos formaram uma banda de rock que acabou junto com suas adolescências, sem fazer sucesso, gravar discos ou fazer shows profissionais. Os garotos cresceram, foram cuidar das suas vidas e se reencontram décadas depois, num tempo em que a maioria dos jovens não ouve mais rock e que o Brasil mostra sua cara, cada dia mais assustadora. Essa é a história de “O som do tempo passando”, novo livro de Victor Mascarenhas.
Quinto livro de Victor, “O som do tempo passando” é o primeiro lançamento da Cafeína Produção de Conteúdo, o selo do próprio autor, que, no melhor espírito independente do rock, resolveu assumir o comando da sua carreira e sair do esquema das editoras tradicionais. O livro narra o encontro dos jovens guitarristas Ricardo e Henrique, o baixista Aílton e o baterista Miguel, e o reencontro - mais de trinta anos depois - do entediado e bem sucedido advogado Ricardo, com o rockstar fracassado Henrique, o silencioso e talentoso músico Aílton e o simpático professor de história Miguel. O pretexto é um ensaio da velha banda, o repertório são as lembranças e diferenças entre o que eles sonhavam ser e o que se tornaram, e a trilha é o bom e velho rock’n’roll.
SOBRE O AUTOR:
Nascido em Feira de Santana e radicado em Salvador, Victor Mascarenhas é escritor e roteirista. Sua carreira literária começou em 2008, quando venceu o Prêmio Braskem Cultura e Arte, da Fundação Casa de Jorge Amado, e lançou “Cafeína”, prefaciado pelo escritor Fausto Fawcett, que definiu assim a obra: “Os doze contos de ‘Cafeína’ são um passeio dantesco por vidinhas que andam em círculos de imobilidade mental, social, sentimental... Victor sabe muito bem derramar sal na ferida das vidas vazias”. Um dos contos do “Cafeína”, “Leão-marinho”, foi adaptado para o cinema pela Oi Kabum em 2010 e exibido no Festival do Rio, em 2012.
Seu segundo livro, “A insuportável família feliz”, foi lançado em 2011, mesmo ano em que o autor foi finalista do Prêmio OFF Flip de Literatura. Em 2013, um dos contos desta obra foi adaptado para história em quadrinhos, na graphic novel “Billy Jackson”, em parceria com o premiado ilustrador Cau Gomez, considerada uma das melhores do ano pelo site Universo HQ. Ainda em 2013, saiu “Xing Ling made in China”, uma ficção científica farsesca e distópica que, segundo a crítica literária Andreia Santana, do jornal A Tarde, “remete aos versos de escárnio do poeta colonial Gregório de Matos”.
Dois anos depois, foi publicado “Um certo mal-estar”, mais um volume de contos, reunindo textos premiados e publicados em antologias, sites e jornais literários Brasil afora. Segundo o antropólogo e escritor Antonio Risério “Victor se revela um escritor cada vez mais consistente e imaginativo. E, ao contrário de nossos lamentáveis ‘contistas filosóficos’, sublispectorianos, ele não só tem o que contar, como sabe fazê-lo muito bem”.
Nos últimos anos, Victor tem se dividido entre a literatura e o audiovisual, tendo escrito o longa-metragem “Tonho” (em produção), em parceria com o cineasta francês Bernard Attal, e trabalhando no desenvolvimento de uma série para TV, baseada em um dos seus contos, para a Turner Internacional. Em 2019, após participar do circuito Arte da Palavra do SESC, dando oficinas literárias em diversas cidades do país (Salvador - BA, Campo Grande e Corumbá - MS, Joinvillle e Jaraguá do Sul – SC), está lançando “O som do tempo passando”, seu novo romance e primeiro projeto da Cafeína Produção de Conteúdo, selo independente criado pelo próprio autor.
SERVIÇO:
O som do tempo passando, Victor Mascarenhas (Cafeína Produção de Conteúdo)
Preço: R$35,00
Lançamento: 23/10
Local: Solar Rio Vermelho
Horário: 19h
e-mail: victor.cafeina@gmail.com
Tel.: 71 98112-4762
site: www.literaturacomcafeina.blogspot.com
Enviado por José Carlos Teixeira
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