O Museu Casa do Sertão, localizado no
Campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), convida a
comunidade para a exposição ‘Antônio querido! História e religiosidade popular’. Aberta desde o dia 13 de junho, a mostra permanece
em cartaz até 17 de julho, apresentando aspectos da religiosidade popular na devoção
doméstica, com o uso de imagens do Santo Católico Santo Antônio.
A exposição ficará instalada no
espaço do Museu denominado ‘Quarto dos Santos’, onde o público poderá apreciar
peças como fotografias da construção da Igreja de Santo Antônio dos Capuchinhos,
localizada em Feira de Santana, além da introdução de elementos relativos à
devoção antonina. Dentre os elementos expostos, destaque para denominações do
Santo, como o ‘Pai dos Pobres’ e o ‘Santo Casamenteiro.
Aos visitantes será distribuído
material sobre aspectos da história que cerca Santo Antônio, inclusive em Feira
de Santana, pois o município possui reconhecido culto, retratado em diversos logradouros
com o nome do santo. Para além da observação da lista dos topônimos, a partir
de pesquisas realizadas no acervo da Biblioteca Setorial Monsenhor Galvão do
Museu Casa do Sertão, são apresentados registros de uma devoção antonina na
região, conforme destaca a historiadora Cristiana Barbosa, do Museu Casa do
Sertão.
Manifestações culturais
No verbete ‘Antônio’, do Dicionário
do Folclore Brasileiro, Câmara Cascudo, historiador e antropólogo brasileiro, afirma
este santo um dos de devoção mais popular do país. Cascudo acrescenta que o culto antonino se
divulgou e fixou ainda no período colonial e se difundiu através dos tempos.
Nas trezenas, período de treze dias
oferecidos ao santo, inúmeras preces e leituras (sobre passagens da sua vida)
são repetidas em paróquias, comunidades e em oratórios particulares do dia
primeiro ao 13 do mês de junho, data celebrativa da sua morte. A religiosidade
popular em torno da figura de Santo Antônio envolve manifestações culturais,
como festa e lazer, trabalho e sobrevivência, doença e morte, amor, alegria e
tristeza. Trata-se do modo do viver do povo, em especial dos seus devotos, e
não curiosidades, comumente abordadas
O mês de junho para o nordestino, notadamente
o sertanejo, é tempo de festa, quando o calendário de comunidades celebra os
frutos do trabalho. Festa popular atraente e alentada por satisfação geral,
repousa, também, na tradição católica de comemorar os santos com destaque para
os louvores ao lisboeta mais brasileiro de todos, Santo Antônio, que inaugura o
ciclo dos festejos juninos.
Fonte: Museu Casa do Sertão
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