Os trabalhadores da Rede Minas continuam sem informações sobre o destino da TV estatal. Ontem foram exonerados 75 dos 219 servidores, o que representa 34% do total, colocando em risco o funcionamento da emissora, cujo sinal é transmitido para cerca de 300 municípios do Estado e para aproximadamente 42 televisões educativas. Mesmo demitidos, os comissionados da área técnica - profissionais altamente especializados, alguns servidores com décadas de televisão – trabalharam voluntariamente ontem e hoje para impedir que a emissora saia do ar. Entre os demitidos estão funcionários da área de logística, compra, manutenção dos equipamentos, operadores das estações onde ficam as antenas, produtores, editores, etc.
Muitos são comissionados que já passaram por diversos governos e estão lá em situação precária por falta de concurso público para provimento de profissionais em todas as áreas. A última seleção foi em 2013 e não contemplou todo o quadro necessário para o funcionamento da TV. Os cargos foram aos poucos se tornando vagos em função de pedidos de exoneração por causa dos baixos salários. Das 206 vagas autorizadas no último concurso, somente 131 estão ocupadas e continuam desempenhando suas funções na emissora. A programação desde ontem tem sido praticamente reprisada, pois a maioria dos jornalistas da área de produção foi exonerada. Os telejornais também estão comprometidos já que foram demitidos onze cinegrafistas. A TV, de acordo com a legislação federal, é obrigada a manter um número mínimo de horas diárias de telejornal para não ter a concessão cassada. Os servidores não sabem até quando vão conseguir manter o noticiário no ar. Não há nem ao menos controladores suficientes para tomar conta das antenas da TV afixadas na Serra do Curral para toda a carga horária necessária para transmitir a programação, colocando em risco até mesmo os equipamentos da emissora. Com informações de Paulo Henrique (BH) Mais informações no Hoje em Dia
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