A manifestação
popular é um bem imaterial de um povo que preserva a sua cultura e reforça a
sua identidade. No entanto, ao contrário dos bens materiais, como as
edificações e as obras de arte, o patrimônio imaterial é dinâmico, vivo e está em
constante transformação. As modificações do bens intangíveis acontecem
naturalmente em função das pessoas que o produzem através de gerações ou por
motivos econômico-financeiros, de geografia humana e demais contingenciamentos
externos.
“A Lei
8.895/2003 e o decreto estadual 10.039/2006, determinam que os bens culturais
imateriais sejam reavaliados a cada cinco anos com nova documentação e análises”,
explica o diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC),
João Carlos de Oliveira. A legislação exige essa nova leitura para evitar
descaraterização extrema. Vinculado à Secretaria de Cultura (SecultBA), está
responsável pela política pública estadual de proteção aos bens culturais
baianos. Já o governo federal atua na proteção dos bens culturais de
importância nacional, via IPHAN/Ministério da Cultura, e as Prefeituras
protegem patrimônios de relevância regional.
SANTA BÁRBARA – Um dos Bens
Imateriais estudados novamente pelo IPAC é a Festa de Santa Bárbara que
acontece há 375 anos em Salvador. “Já acompanhamos e registramos outra vez a
festa no ano passado (2015). Neste ano (2016), técnicos farão entrevistas com
pessoas e entidades envolvidas”, afirma o diretor de Preservação (Dipat) do
IPAC, Roberto Pellegrino. A festa acontece no próximo dia 4 de dezembro, no
Pelourinho.
Para a nova
avaliação do IPAC, serão procurados integrantes da Irmandade do Rosário dos
Pretos, Mercado de Santa Bárbara, Igreja da Liberdade, Companhia dos Bombeiros
e Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI). Dos bens imateriais o
IPAC já pesquisou e registrou as festas de Santa Bárbara (Salvador), Boa Morte
(Cachoeira) e Bembé do Mercado (Santo Amaro). Os ofícios da Baiana de Acarajé e
do Vaqueiro também foram pesquisados e protegidos, além dos Desfiles de Afoxés,
todos registrados como bens imateriais da Bahia.
LIVROS – “Depois que a pesquisa é realizada, nós
elaboramos o relatório para anexar ao processo anterior de registro. A previsão
é que a gente acabe no primeiro semestre de 2017”, diz a gerente de Patrimônio Imaterial
do IPAC, Nívea Alves. Com base nos
dossiês que possibilitam a proteção dos patrimônios, o IPAC também produz
livros que podem ser acessados aqui: http://goo.gl/u22K2Y.
Da Festa de
Santa Bárbara, além de dossiê e reavaliação, o IPAC fez reparação predial e
pintura na Igreja do Rosário que hoje sedia a imagem da santa e cuja irmandade promove
a festa. O Mercado de Santa Bárbara, na Baixa dos Sapateiros, também foi
beneficiado com pintura pelo IPAC. Na igreja, a irmandade cedeu material e o
IPAC executou os reparos. Já a montagem de palco, produção, camisetas e caruru da
festa são apoiados pela CCPI. Mais informações sobre as ações do IPAC via site www.ipac.ba.gov.br, facebook Ipacba Patrimônio, twitter @ipac_ba e instagram
@ipac.patrimonio.
Fotógrafo: Carol Garcia/GOV
BA
Crédito Fotográfico obrigatório - Lei nº 9610/98:
IPAC/Lázaro Meneses, Elias Mascarenhas, Berg Ângelo e Jefferson Vieira
Assessoria de Comunicação – IPAC
Jornalista responsável Geraldo Moniz (DRT-BA nº 1498)
Coordenação de Jornalismo e Edição: Marco Cerqueira (DRT-BA nº1851)
Texto-base: Milena Hildete (estagiária de jornalismo)
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