Retiradas do livro
“A História do Brasil em 50 frases” de Jaime Klintowitz.
Os sonhos tangidos
ao longe, tingidos de outras cores rubras, em secretos locais escuros tapando a
visão e calando a boca que gritou e fe-la ouvi por outros ouvidos que também
aprenderam o valor do grito.
A chama que chama,
inflama e clama por uma justiça deposta em quartos escuros, onde a baioneta
servia de forma opressora, e os bicos dos coturnos encontraram rostos, estômagos,
pernas e costas, numa "maltratança" desumana e fria.
E O GRITO? O grito
se fez forte, atravessou paredes, concretos de muros e balançou estruturas onde
ostentavam os botões dourados e seus verdes caps perderam a sua
"MANDANÇA" autoritária.
Eles sim, o grito
deles calaram e o povo eclodiu, foi reparido, arrebentou a placenta, ressurge
feito fênix, em meio a tantas cinzas de maus tratos vividos.
Quanto sangue
engolido em soluços mudos agora era representado por quem não desistiu dos
mesmos ideais e tantos sonhos. Tantos gritos ecoados em verde, amarelo azul e
(NÃO MAIS) branco, todavia, tingidos de vermelho enfileirados em trincheiras,
agonizantes mas não recuantes da lida que o fez para sempre BRASILEIRO.
Carlos Silva - Cantador e poeta popular.
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