Dos 103 projetos apoiados pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em todas as regiões do Brasil
que diretamente contemplarão cerca de 48 mil crianças, está o projeto “Cantando
e Contando a nossa História”, desenvolvido pelo Movimento de Organização
Comunitária (MOC). Mais de 1,2 mil instituições concorreram ao edital publicado
pela UNESCO responsável pela seleção e pelo repasse das doações arrecadadas em
2014, durante a 29ª edição da campanha Criança Esperança.
A iniciativa nasce da necessidade de responder a demandas de
crianças e adolescente e gerar oportunidades de lazer, cultura e produção de
conhecimentos sobre a história local, produzidas pelas crianças a partir de
ferramentas de comunicação audiovisuais, registros fotográficos e escritos.
Segundo Vandalva Oliveira, “estas demandas surgiram no processo de escuta
destes sujeitos em intercâmbios de crianças do Semiárido quando dialogado sobre
suas histórias, suas comunidades, seus sonhos”, ressalta.
As atividades serão desenvolvidas em horário oposto á escola
formal, porém com uma intrínseca relação pedagógica com a prática escolar.
Através de oficinas temáticas as crianças serão orientadas a pesquisar,
registrar e sistematizar a história de suas comunidades, que serão publicizadas
e adotadas como ferramentas de aprendizagem. Essas atividades estimulam a
criatividade e a preservação das entidades culturais e tradições orais, assim
como a promoção da escrita e a leitura. As ações do projeto se destinam a um
total de 240 crianças, adolescentes e jovens, de 0 a 29 anos, mas também serão
envolvidos professores/as, familiares e membros da comunidade na contação da
história local.
Com seus quase 48 anos de história o MOC sempre buscou contribuir
na promoção dos direitos da criança e do adolescente com vistas à criação e a
manutenção de um ambiente de desenvolvimento e segurança, através de projetos,
ações e políticas de fortalecimento dos poderes locais, em especial,
organizações da sociedade civil, lideranças, famílias, crianças e adolescentes
nos territórios do Sisal e Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão, Semiárido
baiano.
Por Maria José Esteves
Fonte: Programa de Comunicação do MOC
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