Serra Paridas
O
município de Morro do Chapéu, localizado há 384 km de Salvador, aprovou por
unanimidade a Lei nº006/2013, que visa proteger os bens culturais – materiais e
imateriais – da região. A nova legislação criou um Conselho de Patrimônio
Municipal e possibilita o tombamento dos bens edificados remanescentes.
“A cidade se encontrava em processo avançado
de destruição de edificações que tinham importância arquitetônico-histórica. Aos
poucos, os cidadãos estão abrindo os olhos e exigindo novas posturas”, informa o secretário de Cultura de
Morro do Chapéu, Milton Pinto.
Segundo
o diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia (IPAC),
Frederico Mendonça, a política pública em benefício dos patrimônios culturais é
construída com esforço conjunto. “A Constituição
Federal de 1988 prevê compartilhamento dessas atuações”, diz Mendonça.
Autarquia
da Secretaria de Cultura do Estado (Secult-Ba), o IPAC tem 46 anos de criado e
é um dos órgãos mais antigos do Brasil neste segmento. O instituto fica
responsável pela política pública estadual de proteção aos bens culturais e a
criação de um Sistema de Patrimônio que agregue todos os entes públicos, privados
e a sociedade civil organizada que atuam na área.
Guias
para municípios – Na prática, as 417 prefeituras da Bahia ainda solicitam serviços
de salvaguarda, sobrecarregando o Estado e a União. O último censo de 2010 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstra que 62
prefeituras baianas, ou 15% dos municípios, já dispõem de ações que beneficiam
bens culturais. Ilhéus, Palmeiras, Catu e Maragojipe são municípios baianos que
já criam sistemas de Patrimônio.
Desde
o ano passado (2012) o IPAC produziu e vem distribuindo guias para orientar
prefeituras e câmaras municipais acerca das legislações. O órgão realiza ainda
obras de restauração, promove cursos, oficinas, seminários, fóruns, projetos e
programas de educação patrimonial, participa de conferências setoriais e
estaduais, e presta apoio técnico a prefeituras.
Para
o advogado e consultor jurídico, Hermano Queiroz – que ministrou palestra em
Morro do Chapéu no início de julho (2013) na abertura de mais um projeto do
IPAC, os ‘Circuitos Arqueológicos da Chapada Diamantina’ – cabe ao município
ser mais um agente de proteção aos bens dos seus territórios. “Poucos municípios
têm legislação de patrimônio. Salvador, que é a primeira capital do Brasil e
tem 464 anos de fundada, não tem leis sobre o
tema”, alerta o especialista.
ICMS
cultural – Segundo Hermano, o Superior Tribunal Federal já se
manifestou, dando competência para municípios criarem infraestrutura e provocarem
as câmaras municipais para aprovar legislação sobre Patrimônio Artístico e
Cultural.
“Ao
criar a Lei de Proteção e Conservação de Bens Culturais, o município passa a
ter instrumentos para realizar inventários, tombamentos, fiscalizar, multar,
embargar obras, notificar, disciplinar, promover registros dos bens imateriais,
captar recursos, como também participar do ICMS Cultural que o IPAC/Secult-Ba
estão pleiteando junto ao governo estadual”, diz Queiroz.
Mais
informações sobre os Guias de Orientação e o ICMS Cultural do IPAC são disponibilizadas
na Coordenação de Articulação e Difusão (Coad) via telefone (71) 3116-6945 e
endereço eletrônico coad.ipac@ipac.ba.gov.br.
Neste setor, também estão dados sobre o projeto `Circuitos Arqueológicos´. Os
guias estão ainda no site www.ipac.ba.gov.br
para download, no menu lateral à
esquerda, no link ‘Publicações’. Informe-se
via Facebook Ipacba Patrimônio e Twitter @ipac_ba.
Fonte: Assessoria
de Comunicação – IPAC, em 08.08.2013
Jornalista
responsável Geraldo Moniz (DRT-BA nº 1498)
Texto-base:
Ulisses Gama (estagiário de jornalismo)
Edição:
Silvana Malta (coordenadora de jornalismo - DRT-BA nº 1907)

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