Gabriel Ferreira, tanquinhense da safra de 1978 e filho da Professora
Maria Girlene, é artista plástico e músico percussionista. Desde sempre
encantado pelas manifestações da cultura local, expressa através da
pintura/desenho e da musicalidade todo o carinho que tem pelas coisas que
emanam do povo.
O apreço pela Capoeiragem, em todos os seus aspectos, tem sido cultivado
há treze anos, embalado pelas pesquisas historiográficas do Mestre de Capoeira
Bel Pires e pelos acervos imagéticos do Malungo Centro de Capoeira Angola e do
Grupo Angoleiros do Sertão (Mestre Claudio). Este diálogo artístico começou com
a sua prática de capoeira angola e se alastra pela observação das peculiaridades
na movimentação de alguns capoeiristas.
Brinquedo dos Angolas é um título cedido por Bel Pires e vem sendo dado
a várias exposições, cuja representação está relacionada diretamente a uma
forma de fazer capoeira, que é, umbilicalmente, ligada as suas raízes, aos seus
fatos e aos seus personagens históricos. Assim, a produção textual consultada
sobre o assunto é lastro fundamental da produção imagética da Capoeiragem do
artista Gabriel Ferreira.
A discussão acerca do tema vem se azeitando quando são feitas interfaces
com o curandeirismo, candomblé e poesia (especificamente, a de Aloisio
Resende). A mostra de 2013 faz um apanhado de muitas das impressões do artista
ao longo desses anos e, mesmo com o ineditismo das peças, há de se perceber uma
releitura da sua própria obra, uma liberdade conceitual e uma concepção
estética própria.
Gabriel Ferreira graduou-se em ciências econômicas/UEFS, é técnico em
edificações, reside e trabalha em Feira de Santana-BA há 20 anos. No campo das
artes plásticas, começou a expor em Tanquinho-BA aos 16 anos, passou por salões
e bienais (com premiações) de artes visuais; realizou muitas mostras
individuais temáticas e outras coletivas; além disso, ilustra livros e revistas
e é membro do IMAQ-Instituto Maria Quitéria (Projeto Griôs Sisaleiros na Região
do Sisal).
No campo da música, estudou e atuou nas Filarmônicas Maria Quitéria
(Nilo Souza) e 14 de Agosto (Antonio Menezes) em Tanquinho e Euterpe Feirense,
além de participar - até hoje - de
vários outros projetos musicais.
Lançou os livros Esboços (Ilustrações de Textos) e Bié (Memórias
Ilustradas, Infância e Ironias)/MAC Edições. Foi coordenador do Centro de
Cultura Amélio Amorim e, atualmente, é membro no Conselho Municipal de Cultura
(segmento artes-visuais).
o autor


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