Foto: Lazaro Menezes
por Geraldo
Moniz / Ronaldo Macedo
Até
agosto deste ano (2013) grupos de trabalho formado por gestores de órgãos e
secretarias estaduais que protegem bens culturais brasileiros em todo o país
devem entregar sugestões de ação para o desenvolvimento de um modelo de Sistema
de Preservação do Patrimônio Cultural Nacional.
Essa foi
uma das principais decisões tomadas pelo Fórum Nacional das Instituições
Estaduais de Preservação do Patrimônio Cultural, encerrado ontem (dia 14) no
Centro de Convenções da Bahia, em Salvador. Promovido pela Secretaria de
Cultura do Estado da Bahia (Secult-Ba), através do Instituto do Patrimônio Artístico
e Cultural da Bahia (IPAC), o evento contou com a participação de
representantes de 20 Estados e do Distrito Federal.
Dois
outros Grupos de Trabalho ficaram com a tarefa de criar um modelo de Sistema de
Financiamento e Gestão, e outro modelo de Comunicação e Educação Patrimonial.
Um documento formal contendo todas essas sugestões será disponibilizado a todas
as entidades e gestores públicos, das esferas federal, estadual e municipal,
que trabalhem na proteção dos patrimônios culturais em cada estado.
Conforme
acordado com os participantes dos grupos, as sugestões deverão ser enviadas à
comissão dirigente do Fórum no prazo máximo de 90 dias, por volta do mês de
agosto.
O Grupo
de Comunicação e Educação Patrimonial foi formado por representantes dos
estados do Pará, Mato Grosso do Sul, Ceará, Amazonas e Distrito Federal. No Grupo
do Sistema Patrimonial, estão envolvidos os estados do Paraná, Rio de Janeiro,
Acre, Goiás, Sergipe e Bahia. Já o Grupo do Sistema de Financiamento e Gestão
foi formado por representantes do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Êxito - Para o presidente do Fórum e do Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), Fernando
Cabral, o evento na Bahia foi coroado de êxito, não só pela grande participação
de representantes estaduais, mas pela qualidade dos debates.
Também mereceu
elogios do dirigente o diagnóstico realizado pelo IPAC e apresentado aos
participantes do encontro, que mostra a atual situação dos órgãos públicos
estaduais que trabalham na proteção dos bens culturais no país. “É um trabalho
importante, pois, até então, não possuíamos um documento que retratasse o real
quadro da estrutura física, operacional e financeira dessas instituições”,
enfatizou.
A
presidente do Instituto Nacional do Patrimônio, Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) do Ministério da Cultura (MinC), Jurema Machado, também elogiou a
confecção do diagnóstico, pois considera uma importante ferramenta para o traço
de uma estratégia de trabalho. “Nós temos uma idéia de que a situação desse
segmento é precária, mas isso não é o suficiente. Precisamos de dados
concretos”, ressaltou.
O
secretário geral do Fórum e diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça, se disse
feliz com o sucesso do evento, agradecendo a participação dos representantes estaduais
e o apoio do Governo do Estado, por meio da Secult-Ba, e dos funcionários do
instituto.
Durante
o evento, foi apresentada a Carta de Recife, documento resultante do encontro
do Fórum realizado na cidade pernambucana em 2012, quando os dirigentes dos
órgãos patrimoniais da Bahia, Minas Gerais e Pernambuco buscaram consolidar uma
rede permanente para troca de experiências, tecnologia e proposições de gestão
de política pública dos bens culturais.
“A
criação dos grupos de trabalho realizado ontem pelo Fórum é uma das sugestões
previstas nas metas programáticas da Carta de Recife”, salientou Frederico
Mendonça.
A
‘Carta’ inclui a intenção de um ICMS-Cultural (Imposto sobre a Circulação de
Mercadoria e Serviços), como já existe em Minas Gerais, para outros estados
brasileiros. Ela encontra-se na íntegra no site www.ipac.ba.gov.br no link
‘Downloads’ e setor ‘Geral’. Mais informações podem ser obtidas no endereço forumpatrimoniocultural@gmail.com. Dados e informes sobre o
Ipac no site www.ipac.ba.gov.br, Facebook IpacbaPatrimônio e
Twitter@ipac_ba.
Fonte: Assessoria
de Comunicação – IPAC
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