
por Edilson Veloso
Rua não é apenas um ir e vir de gente.
Não se resume a disputa de veículos e pedestres.
A rua inspira poetas.
Faz refletir os que sonham e buscam as suas realizações.
Na rua encontramos os sumidos e ausentes.
Os velhos conhecidos e os emergentes.
É na rua, também, que lembramos do ultimo fim de semana e programamos o próximo.
É na rua, que lamentamos e sorrimos.
A rua é do trabalhador apressado.
É do ambulante que oferece um preço mais baixo.
É lugar onde se fala do cotidiano, seja ele doce ou não.
Na rua admiramos o andar da menina que nos fascina com a sua beleza infinda.
A rua é da dona de casa, que apesar das dificuldades não perde um capítulo da novela das oito que começa às nove.
E, ela discute e opina.
Tem seu personagem predileto e aquele que torce contra.
Essa mesma dona de casa contempla as vitrines mesmo sem poder comprar. A rua é dos que estão felizes em poder gastar.
É também dos que lamentam o atraso do salário e reclamam do preço da cerveja. Mas acima de tudo, a rua é dos que não abrem mão de ser feliz.
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