Nas ruas da cidade de cima

onde a noite jamais conseguira alcançar

Um poeta colhe versos em silêncio...

Seres esplêndidos se banham

Em rios de luz...

Meninos cultivam estrelas

Na relva...

O horizonte era claridade exacta...

Homero declama versos

Aos quatros ventos...

Flores fosforescentes brotam

Nos jardins das lembranças...

Uma força estranha me remete

As coisas do alto...

Sei que sou pequeno

Mas o universo é vasto

E o pensamento é a nave

Que nos conduz a todos os sonhos...