Não é só música, é história

Participar do Rock in Rio representa mais que a oportunidade de assistir ao show de um ídolo; é também a chance de viver o festival, sentir a energia e fazer parte da história da música, já que o evento, ao longo dos seus 26 anos de existência, conquistou espaço no cenário nacional e internacional.
Roberto Medina, criador do Rock in Rio, disse que a edição 2011 foi especial por marcar o encontro de gerações. É verdade. A Cidade do Rock estava povoada por pré-adolescentes e pessoas da terceira idade.
Lindo de se ver um coroa curtindo os shows do último sábado ao lado da neta. E quando o cansaço bateu e a provocação surgiu - “ta velho, hein, vô?” –, a resposta foi enérgica: “vou chegar aos 100 vindo pro Rock in Rio!”.
É claro que também quero estar lá, daqui a muitos anos, com meus netos e até bisnetos. A Rita Lee nem “deu as caras” desta vez e, até onde sei, só o Detonautas fez homenagem a Raul. Muito injusto isso, embora seja suspeita para avaliar.
Ambiente aconchegante, mesmo com toda a multidão. A grama sintética, ao invés do concreto, foi uma medida humana. Quando as pernas doíam era só sentar, fazer piquenique, deitar e dormir, se quisesse. A estrutura do palco principal estava de fato fascinante e os ângulos de visualização eram muitos. E havia ainda os espaços alternativos.
Transtornos, sim. Algo esperado para um festival que reúne 100 mil pessoas por dia. Andar quase três quilômetros, pegar a fila gigante do táxi na saída, se segurar, porque os banheiros estavam muito longe... Mas de tudo, só considero desleal o preço da comida e bebida. Chegou ao absurdo de um copinho de água mineral custar R$ 5,00.
Se ainda assim valeu a pena? Acho que não é preciso responder. 2013 vem aí!
Orisa Gomes - orisagomes@blogdafeira.com.br

Fonte: Blog da Feira