Como tornar a cultura mais acessível a todos? Essa foi a questão central abordada no eixo temático "Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social", da VI Conferência Estadual da Cultura da Bahia. O evento, que está sendo realizado no Colégio Estadual de Tempo Integral de Feira de Santana, chegou ao segundo dia nesta quinta-feira (7).
Durante as rodas de conversa do eixo, os participantes revisaram elementos que impactam o acesso à arte, com o objetivo de enfrentar desigualdades e promover um ambiente cultural mais inclusivo. Guiliana Kauark, gestora e produtora cultural, destacou que a escassez de espaços dedicados à cultura é um dos principais obstáculos do acesso à arte, especialmente para as comunidades carentes. “ Nossa cidades clamam por espaços culturais. Os jovens não têm um local onde possam se expressar. A arte precisa ser vista por outro prisma além do entretenimento. Cultura não é só diversão, é emprego e, além de tudo, possibilidade de uma sociedade melhor,” ressaltou.
A cantora e delegada cultural Karen Meneses acredita que o momento é de esperança para a classe artística, Segundo ela, os recursos da Lei Aldir Blanc foram essenciais para os municípios, os inserindo de forma expressiva na política cultural. “Aqui em Feira, a notável participação nas conferências municipais se deu, em grande parte, à influência tanto da Lei Aldir Blanc quanto da Lei Paulo Gustavo,” informou. E acrescentou: “Essa Conferência Estadual cheia de gente é um reflexo do sucesso desse processo”.
Já o cineasta Bruno Bittencourt - que iniciou a carreira aos 17 anos, após executar um curta-metragem que homenageia o tradicional Bando Anunciador de Feira de Santana -, avaliou a conferência como uma grande oportunidade para mudar o futuro das novas gerações. Isso será possível, segundo ele, se criar meios de levar a arte para todos, em praças, teatros e ruas, de modo que possibilite acesso, inclusive, dos jovens periféricos, que muitas vezes ficam alheios às programações culturais das cidades.
Os temas das conferências municipais e estadual de cultura são alinhados com o tema central e eixos temáticos da Conferência Nacional. Isso possibilita aos delegados um profundo entendimento das principais questões que serão discutidas no evento final, que está programado para março de 2024, em Brasília, e resultará nas propostas que podem embasar as políticas culturais do Brasil.
Fonte: Secult Bahia
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