Foto: Vicky Tran - "Foto De jarra perto de canela em pau" (Pexels/Disponível para uso gratuito)



Everton Nery


A cura é uma busca constante de harmonia.

Ela envolve equilíbrio físico, psíquico e emocional

Pode ser alcançada se nos percebermos 

E nos tratarmos de forma integral


Vive-se em grande ansiedade, depressão,

Com recheios agressivos de angústia e ilusão

São todos uma presença

Num estágio de permanência


São inúmeros os desafios,

Eles envolvem os mais intensos processos de cura.

Aqui se instalam as crises em sua profundidade

Elas são aberturas para uma outra realidade


A crise aponta para a saída da grande hipnose

Ela pode ser desencadeada por vários desgastes:

Perda física de alguém, fim de relacionamento, demissão,

uma nova rotina e até mesmo relação de submissão


Não se constrói uma mudança de uma hora para a outra

Entendemos a crise como um princípio

Algo que vai além do início

Que aponta para uma nova vida, sempre a beira do precipício


A crise abre portas e janelas para outra concepção de existência

Essa que está em constante construção da experiência

Numa saída permanente da escuridão,

Caminhando nas incertezas no despertar da própria luz, sem solidão.


Na cura provavelmente existe dor

Não sendo minimamente agradável, mas muito assustador.

Apesar de ser uma experiência individual

Ela não é solitária, mas amplamente solidária


Não se sai da crise como se entrou

Um novo si mesmo é aí gestado

Um novo nascimento é o acontecimento

Um amanhecer, sem adoecimento


Na cura afasta-se de tudo que provocava o adoecer

O caminho da cura é pela via do inconsciente e do consciente

Seja qual for a realidade que se aponta de forma imanente, 

A morte natural apresenta-se como mistério transcendente.