Estudantes
do 3º Ano lançaram um Guia de Viagem sobre os distritos de Feira de Santana e
homenagearam a ‘Princesa do Sertão’ no encerramento do tradicional projeto ‘Vivendo
Feira: Ontem, Hoje e Sempre’, da Escola João Paulo I (JPI). Um dos autores do
Guia, Pedro Henrique Freire falou sobre o que sentiu durante as ações. “Foi emocionante.
Me diverti muito e aprendi muitas coisas sobre os distritos e a cidade
feirenses. Está sendo muito legal ter meus pais aqui, para eles verem como eu e
meus colegas fizemos nosso trabalho, verem como a gente se esforçou”, disse o
pequeno, que estava com a mãe, Araci Freire, e o pai, Manoel Freire, todos com
trajes típicos da cultura sertaneja. O apelido de ‘Princesa do Sertão’ foi dado à cidade pelo polivalente Rui Barbosa (1849-1923) durante
visita ao município feirense, em 1919.
A
participação efetiva dos pais de Pedro Henrique reforça algo muito importante
no processo de ensino-aprendizagem: a parceria entre família e escola. “Está
tudo maravilhoso. O encerramento demonstra todo o trabalho, desde o comecinho
até agora. Vivemos tempos desafiadores, mas com a gente acompanhando nosso filho
em casa e a escola fazendo o trabalho dela, a parceria deu certo e continuará
dando certo”, destacou Araci Freire, toda orgulhosa com o desempenho do
pequeno.
Durante
o evento, os alunos, com suas famílias, cantaram o Hino à Feira, de Georgina
Erismann (1893-1940). As crianças também fizeram coreografia e cantaram ‘Santana
dos Olhos d´Água’, de Daniela Mercury, e ‘Brasil Feirense’, composta por Celiah
Zaiin, que estava caracterizada de Maria Quitéria (1792- 1853), heroína
feirense de grande importância nas independências da Bahia e do Brasil. A
artista comandou o número musical nos dois dias festivos, realizados na quadra
poliesportiva da JPI nas noites de 7 e 8 de dezembro, sendo que as turmas se
apresentaram em dias diferentes, para evitar aglomerações.
O
Projeto
O ‘Vivendo
Feira: Ontem, Hoje e Sempre’ envolve as disciplinas de História, Geografia e
Língua Portuguesa. A iniciativa pioneira da JPI, coloca os estudantes em
contato direto com aspectos relevantes da cidade, tais como economia e cultura.
“Por meio das reflexões e vivências propostas pelo projeto, os alunos entendem,
também, que um povo sem memória não tem identidade. Com isso, eles, além de
conhecerem melhor a história do local onde vivem, se reconhecem como agentes
transformadores do município”, contou a integrante da coordenação do Ensino
Fundamental I, professora Karine Oliveira.
No
decorrer do ano, várias ações são desenvolvidas no ‘Vivendo Feira: Ontem, Hoje
e Sempre’, a exemplo da Expedição Histórica, quando estudantes e professoras
visitam presencialmente pontos importantes para a história da cidade. Devido à
pandemia, as crianças visitaram alguns locais de forma individual
com suas famílias e gravaram um vídeo que foi divulgado em 18 de setembro
de 2021, quando Feira de Santana completou 188 anos de emancipação. Maria
Cecília Lagos gravou no Mercado de Arte Popular (MAP). “Não conhecia o MAP e
quis saber o que tem de histórico nele e o que os comerciantes vendem lá”,
frisou a pequena, além de acrescentar que também se divertiu muito durante a
gravação.
Biografias
Outros
componentes do projeto são biografias que as crianças, junto com suas famílias e
professoras, fazem de pessoas que contribuem ou contribuíram para o bem do
município, personalidades essas que integram a rotina local sem necessariamente
ocuparem cargos públicos de destaque, por exemplo. Um dos biografados foi o último
ex-combatente de Feira de Santana na 2ª Guerra Mundial, Antônio Moreira, mais
conhecido como Antônio do Lajedinho, que faleceu em maio deste ano aos
95 anos.
O ex-combatente, para quem “uma terra sem memória é como um corpo sem cabeça”, recebeu homenagem
póstuma. Emocionada, a viúva dele, Célia Ferreira, agradeceu à escola pela
homenagem. Integrante da direção da JPI, professora Cássia Braz enfatizou que o
homenageado trazia a ‘Princesa do Sertão’ na alma e que a história local deve
ser perpetuada.
Fonte:
Assessoria de Comunicação Escola João Paulo I
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