Filarmônica 25 de Março na década de
1950, em frente à Prefeitura de Feira. O maestro era Tertuliano Santos.
Foto sem data nem autor.
A Sociedade Filarmônica 25 de
Março está completando 153 anos de existência. A data do aniversário é óbvia:
25 de março. É mais de um século e meio de uma longa trajetória de participação
no cenário histórico de Feira de Santana, com presença marcante nos eventos
culturais, sociais, cívicos e religiosos da cidade, como bailes, procissões,
inaugurações, comemorações oficiais e os antigos passeios de trens.
Ou as longas e memoráveis
retretas, muitas delas realizadas em maravilhosas competições com as
filarmônicas rivais, a Vitória e a Euterpe Feirense, quando reuniam, durante
horas, centenas de pessoas em frente aos três coretos da cidade, num dos mais
apreciados momentos de cultura e de lazer da população feirense.
Ao longo de sua história, passaram pela 25 de Março grandes maestros como Amando Nobre, Tertuliano Santos e Estevam Moura. Os três contribuíram para a construção de um acervo de cerca de 600 partituras, muitas delas de compositores feirenses, e que hoje são executadas por outras filarmônicas de várias cidades da Bahia.
A partir do final dos anos 1970,
a 25 de Março passou por um período de inatividade que durou duas décadas, mas
conseguiu aos poucos se recuperar. A partir de 2014, com a criação da Escola de
Música Maestro Estevam Moura, a 25 de Março iniciou um processo de
reestruturação, com a adesão de novos alunos (crianças e adolescentes), a
aquisição de novos instrumentos musicais, e apresentações em bairros, escolas e
espaços particulares, além da criação de canais de comunicação nas redes
sociais.
Conexão 25 em Banda Larga
Atualmente a 25 de Março é
presidida por Carlos Brito e tem como maestro o músico Antonio Neves, mestre em
Educação Musical pela Universidade Federal da Bahia. Os dois vão participar,
nesta quinta-feira, às 19 horas, de um colóquio sobre os 153 anos da
filarmônica. Além deles, participarão do debate mais dois membros da
instituição: o diretor-artístico Alfredo Evangelista e a musicista e arquivista
Júlia Rebeca.
O colóquio faz parte do Conexão
25 em Banda Larga, projeto da 25 de Março contemplado pelo Prêmio das Artes Jorge Portugal. O projeto foi iniciado em 2 de
fevereiro e se estenderá até 10 de abril, com aulas de instrumentos de sopro e
percussão para crianças e adolescentes da 25 de Março, aulas master classes para músicos de outras
filarmônicas da Bahia, e debates entre especialistas sobre a história,
repertórios e gerenciamento de filarmônicas. Tudo de forma virtual, por causa
da pandemia.
O projeto tem apoio financeiro do
Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do
Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada
pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
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