Programação
acontece de forma online, gratuita e apresenta filmes africanos
contemporâneos e inéditos no Brasil.
Entre os dias 12 e 22 de março de 2021 acontece a edição especial da Mostra de Cinemas Africanos junto ao Cineclube Mário Gusmão, projeto de extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Composta por filmes africanos contemporâneos, muitos inéditos no Brasil, a programação inclui a exibição de 7 documentários em longa-metragem e 14 curtas de ficção, todos legendados em português e disponíveis apenas em território brasileiro. A exibição dos filmes acontece de forma online e gratuita, em parceria com a Spcine Play, única plataforma pública de streaming do Brasil: https://www.spcineplay.com.br/
O recorte curatorial de toda a Mostra atende à demanda por promover o
contato com as estéticas e narrativas presentes na cinematografia africana
contemporânea, ainda pouco conhecida pelo público brasileiro. Além dos filmes,
a programação conta com comentários de especialistas nos três programas de
curtas, uma mesa redonda sobre o documentário nos cinemas africanos
contemporâneos e a produção de um catálogo com apresentações dos filmes e
textos de convidados.
Esta edição especial da Mostra de Cinemas Africanos tem realização da
Ana Camila Comunicação e Cultura e Cineclube Mário Gusmão, com parceria da
Spcine Play. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da
Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir
Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da
Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Documentários: Ativismo, crítica social
e protagonismo feminino
A curadoria de longas é assinada por Ana Camila Esteves e Beatriz Leal
Riesco, idealizadoras da Mostra de Cinema Africanos, e tem foco absoluto em
documentários da cinematografia africana contemporânea, todos inéditos no Brasil
e produzidos em países como Quênia, Marrocos, Gana, Egito, Etiópia e República
Democrática do Congo. Cada filme fica
disponível por 72h na plataforma da Spcine Play a partir da data de sua
estreia e há limites de visualizações específicos para cada filme (ver
programação).
Os documentários giram em torno da ideia de
ativismos africanos, traçando um breve panorama das formas contemporâneas de
luta e resistência em diversos territórios do continente. Tanto no âmbito macro
como no micro, as narrativas apresentadas oferecem ao público brasileiro um
repertório atual sobre exercícios diários de lutas cotidianas, que vão desde
enfrentamentos corpo a corpo na rua até investigações íntimas sobre o passado e
a relação com diferentes gerações de uma família.
O filme de abertura, Pare de nos filmar (2020)
é um dos destaques da programação, que tem coprodução entre República
Democrática do Congo e Países Baixos. Dirigido por Joris Postema, o
documentário apresenta uma sofisticada autocrítica do exercício de filmar a África
e os africanos, colocando em perspectiva diferentes olhares que ao final se
perguntam: quem pode (nos) filmar? Outro destaque é Softie (2020), um dos
filmes mais exibidos e celebrados em festivais internacionais em 2020, que
segue a trajetória do jovem ativista queniano Boniface Mwangi a partir da
relação com a sua família.
Narrativas íntimas e de mulheres potentes
norteiam dois dos filmes da Mostra. Em Descobrindo Sally (2020), a diretora
Tamara Dawit decide descobrir a história de sua tia Sally, que morreu durante a
revolução etíope após ter se tornado ativista em uma viagem de férias ao país.
Já em Vamos Conversar (2019) a diretora Marianne Khoury explora junto
com sua filha quatro gerações da sua família e reflete sobre como é ser mulher
nesse micro espaço da sociedade egípcia contemporânea.
Um Lugar sob o Sol (2019) joga luz sobre os vendedores ambulantes
no Marrocos, apresentando de forma sutil e sugestiva suas existências complexas
e suas relações familiares, a dureza da vida na rua e o impacto do progresso em
grandes cidades sobre esta parcela da população. Também em Sakawa (2018) observamos
um questionamento sobre a forma de sobreviver na África contemporânea, através
do longa dirigido pelo ganês Ben Asamoah, que desvenda e acompanha de perto um
esquema de golpes via internet.
O longa que encerra a Mostra é o documentário
queniano Me Chamo Samuel (2020), que retrata o romance homoafetivo protagonizado
por dois homens e as adversidades encontradas num país como o Quênia, cujas
leis criminalizam qualquer
um que se identifique como LGBTQI+.
Programas de curtas: memórias, vivências e
corpo-território
Serão exibidos 14 curtas-metragens organizados
em três programas que ficam disponíveis até o final da Mostra de Cinemas
Africanos, sem limite de visualizações.
Cada programa estará disponível na plataforma da Spcine Play às 19h do seu dia de estreia. A curadoria dos curtas é assinada por
Jamille Cazumbá, Ema Ribeiro e Álex Antônio, todos integrantes do Cineclube
Mário Gusmão, e é resultado de um processo prático de formação em curadoria no
âmbito do projeto.
O primeiro programa de curtas, intitulado Memória: performatividades entre-tempos,
reúne cinco filmes que exploram linguagens experimentais em torno de nuances da
memória. O segundo, Vivências do novo e
perspectivas do agora, explora a diversidade de experiências das infâncias
e juventudes africanas contemporâneas. Já o terceiro, Corpo-território: transversalizando os espaços, apresenta
narrativas que colocam em disputa diferentes noções de territorialidades quando
falamos de África. Os filmes que compõem a programação de curtas são todos de ficção, incluindo quatro inéditos no Brasil: Ward e a Festa da Henna (Egito), Tab (África
do Sul), Encrenqueiro (Nigéria) e Boa Noite (Gana) - este último
integra a shortlist para indicação ao
Oscar 2021.
Os programas de curtas estreiam respectivamente
nos dias 13, 15 e 17 de março, e cada sessão contará com comentários de
especialistas.
Como
assistir aos filmes
Para assistir aos filmes é preciso entrar no site www.spcineplay.com.br e fazer um rápido cadastro na plataforma
parceira Looke. Em seguida é só clicar na aba do site referente à Mostra de
Cinemas Africanos e escolher o título desejado. Os filmes ficam disponíveis na
plataforma exclusivamente durante o período da Mostra, dentro da programação, e
somente em território brasileiro.
Sobre a Spcine Play
A Spcine Play (www.spcineplay.com.br) conta com mais 300 títulos,
divididos entre filmes, séries e conteúdos exclusivos que podem ser acessados
gratuitamente de qualquer lugar do Brasil até o dia 31 de março de 2021. No
catálogo estão disponíveis raridades de grandes nomes do cinema brasileiro,
como Hector Babenco, Zé do Caixão, Suzana Amaral, Helena Ignez, Tata Amaral e
Ana Carolina. Há ainda filmes das principais mostras e festivais de cinema de
São Paulo, como o Festival de Cinema Latino Americano e o Festival Mix Brasil. Destaque também para a estante da Mostra do Audiovisual Negro – Apan,
que abriga 35 títulos atualmente.
SERVIÇO:
Mostra
de Cinemas Africanos
Data: 12 a 22 de março de 2021
Onde: Spcine Play:
www.spcineplay.com.br
Online e gratuito
Mais informações: www.mostradecinemasafricanos.com
Instagram: @mostradecinemasafricanos
Facebook: /mostradecinemasafricanos
PROGRAMAÇÃO:
12/03 (sexta): Pare de
nos filmar (República Democrática do Congo, 2020) - 600 views
13/03 (sábado): Programa de
curtas 1: Memória:
performatividades entre-tempos. Filmes:
Um cemitério de pombos (Nigéria), Invisíveis (Namíbia), Treino
Periférico (Guiné Bissau), Bablinga (Burkina Faso), A lutadora de boxe
(Senegal) - sem limite de views
14/03 (domingo): Softie (Quênia, 2020) - 600 views
15/03 (segunda) Programa de curtas 2: Vivências do novo e perspectivas do agora. Filmes: Encrenqueiro (Nigéria), Perdendo
Minha Fé (Nigéria), Tab (África do Sul), Cabelo com Balanço (África do
Sul), Boa Noite (Gana) - sem limite de views
Dia 16/03 (terça): Um
Lugar sob o Sol (Marrocos,
2019) - 600 views
Dia 17/03 (quarta): Programa de curtas 3: Corpo-território:
transversalizando os espaços. Filmes: Ethereality (Ruanda), Ward e a Festa
da Henna (Egito), O Azul Branco Vermelho do meu Cabelo (França), Gagarine
(França) - sem limite de views
Dia 19/03 (sexta): Sakawa (Gana, 2018) - 500 views
Dia 20/03 (sábado): Descobrindo
Sally (Etiópia, 2020) - 500 views
Dia 21 (domingo): Vamos Conversar
(Egito, 2019) - 400 views
Dia 22 (segunda): Me Chamo
Samuel (Quênia, 2020) - 600 views
Informações
à imprensa
Adrielly Novaes (74) 99193-2578 | adriellyjacobina@gmail.com
Gisele Santana (71)
98872-5492 | jornalismo.gi@gmail.com
SINOPSES
LONGAS:
Pare de Nos Filmar
(Stop Filming Us, República Democrática do
Congo, 2020, 95 min, Doc., Livre)
Direção: Joris
Postema
Sinopse: Um grupo
crescente de jovens em Goma, na República Democrática do Congo, está resistindo
aos relatos sobre sua cidade que apenas mostram imagens estereotipadas de
guerra, violência, doenças e miséria, resultado de anos de dominação ocidental.
Tais imagens não refletem a realidade na qual eles vivem. Pare de nos filmar é uma importante autocrítica que conduz à
pergunta: quem tem o direito de filmar a África e os africanos?
Softie
(Softie, Quênia, 2020, 96 min, Doc., 12 anos)
Direção: Sam Soko
Sinopse:
Softie acompanha
a trajetória do ativista queniano Boniface Mwangi, homem irreverente e
audacioso reconhecido como o fotojornalista queniano mais provocativo. Mas como
pai de três crianças, essas qualidades criam um conflito tremendo entre ele e
sua esposa Njeri. Quando decide se candidatar a um cargo político ele é forçado
a escolher: país ou família?
Um Lugar sob o Sol
(A Place Under the Sun, Marrocos, 2019, 75 min,
Doc., Livre)
Direção: Karim
Aitouna
Sinopse:
A Rua Algéria em Tetouan é o coração vibrante da cidade, onde vendedores
ambulantes vendem todos os tipos de mercadoria contrabandeada. De repente surge
uma notícia: não será mais permitido aos mercadores venderem suas mercadorias
nas calçadas. Tem
um novo mercado fechado em construção – mas nem todos terão acesso a um
quiosque para conduzir seus negócios. Para Mohamed, Abdel Slam e muitos outros
que cresceram na Rua Algéria é como se o tempo, de repente, entrasse em
suspensão. Alguns esperam o pior, outros formam uma associação e organizam
protestos.
Sakawa
(Sakawa , Gana, 2018, 81 min, Doc., 12
anos)
Direção: Ben Asamoah
Sinopse: O documentário acompanha
um grupo de jovens ganeses que se voltam para a fraude na internet para
ajudá-los em uma situação desesperadora. Existe uma riqueza de informações a
ser encontrada no lixo digital em Gana. É uma questão relativamente simples
abrir discos rígidos e adquirir acesso a fotos e detalhes pessoais de seus
antigos proprietários. Equipados com um nome e endereço, praticamente qualquer
um pode ser encontrado online. Sakawa mostra essas atividades fraudulentas a
partir da perspectiva do diretor Ben Asamoah, que retrata os perpetradores a
partir de sua própria perspectiva africana.
Descobrindo Sally
(Finding Sally, Etiópia, 2020, 78 min,
Doc., Livre)
Direção: Tamara Dawit
Sinopse: Descobrindo Sally conta a
história de uma mulher de 23 anos vinda da classe alta etíope que se tornou uma
rebelde comunista com o Partido Revolucionário do Povo Etíope. Idealista e
apaixonada, Sally foi pega pelo fervor revolucionário de seu país e acabou na
lista dos mais procurados do governo militar. Ela foi para a clandestinidade e
sua família nunca mais a viu. Quatro décadas após o desaparecimento de Sally,
Tamara Dawit reúne as peças da vida misteriosa de sua tia Sally. Ela revisita a
Revolução Etíope e o massacre pavoroso que aconteceu em seguida, que resultou
em praticamente toda família etíope perdendo um ente querido. Sua busca a leva
a questionar noções de pertencimento, convicções pessoais e ideais políticos em
uma época em que, de novo, a Etiópia está passando por mudanças políticas
importantes.
Vamos Conversar
(Let’s Talk, Egito, 2019, 95 min, Doc.,
Livre)
Direção: Marianne Khoury
Sinopse: Uma mãe e sua filha
exploram juntas quatro gerações de mulheres da mesma família, uma família
egípcia originária do Levante, na qual a vida e o cinema sempre estiveram, e
continuam a estar, intrinsecamente ligados. Essa é uma história intimista entre
filmagens de arquivo pessoal onde realidade e ficção se interligam com os
filmes autobiográficos de Youssef Chahine. De Alexandria ao Cairo, passando por
Paris e Havana, uma mãe e filha nos levam a uma viagem pessoal, tanto visceral
quanto visual, enquanto questionam suas emoções e destinos.
Me Chamo Samuel
(I am Samuel,
Quênia, 2020, 69 min, Doc., Livre)
Direção: Pete Murimi
Sinopse: Samuel cresceu na zona
rural queniana, onde a tradição é valorizada acima de tudo. Ele é próximo de
sua mãe, mas seu pai, um pastor local, não entende por que ele ainda não casou.
Depois de mudar para a capital do Quênia em busca de trabalho e uma nova vida,
Samuel se apaixona por Alex e encontra comunidade e pertencimento. O amor deles
floresce, apesar do fato de que as leis do Quênia criminalizam qualquer um que
se identifique como LGBTQ+. Apesar das ameaças de violência e rejeição, Samuel
e Alex se movimentam entre seus mundos coexistentes, esperando obter aceitação
em ambos.
PROGRAMA DE CURTAS:
Programa 1: Memória:
performatividades entre-tempos
Um Cemitério de Pombos
(A Cemetery of Doves, dir. Sultan Sangodoyin. Nigéria,
2018, 15 min, Fic, Livre)
Sinopse: Um adolescente que está
entendendo sobre a sua sexualidade ousa fazer confidências para alguém em quem
confia numa sociedade onde é melhor manter tais descobertas em segredo.
Invisíveis
(Invisibles,
dir. Joel Haikali. Namíbia, 2019, 17 min, Fic, Livre)
Sinopse: Dois indivíduos, sentindo-se irrelevantes para o
mundo, encontram-se em uma fase ruim de suas vidas. Em vez de se afogarem
juntos, eles partem em uma jornada de amor próprio e liberdade. Ao viajarem
pelo majestoso interior da Namíbia, a paisagem da psique de uma nação
pós-Apartheid e da sua própria psique, eles encontram o seu lugar.
A lutadora
de boxe
(Boxing Girl, dir. Iman
Dijonne. Senegal,
2016, 26 min, Fic, Livre)
Sinopse: O curta conta a história de amadurecimento de Adama,
uma entediada cabeleireira de 17 anos que encontra luvas de boxe vermelhas
depois de ser atropelada por uma moto. Ao calçar as luvas, ela é conduzida
misteriosamente por toda a cidade de Dakar. Testada mental e fisicamente, Adama
terá que lutar contra seus demônios para enfrentar a última luta.
Treino Periférico
(Treino Periférico, dir. Welket Bungué. Portugal/Guiné Bissau, 2020, 20 min, Fic, Livre)
Sinopse: Dois artistas saem para treinar, não cabem nos padrões do
seu bairro, da sua cidade, nem da sua cultura impostora. Este é um filme feito
na periferia da "grande Lisboa" e discursa poética e assertivamente
sobre ocupação territorial, pós-colonialismo e desigualdade social ainda
vigente na cultura portuguesa.
Bablinga
(Bablinga, dir. Fabien Dao. Burkina
Faso, 2019, 14 min, Fic, 10 anos)
Sinopse: Moktar sempre disse que
quando conseguisse fechar seu bar Bablinga ele voltaria para Burkina. Esse dia
chegou, mas ele não está pronto para partir. Nesse dia fantasmas lhe convidam
para celebrar a última noite do bar.
Programa 2: Vivências do novo
e perspectivas do agora
Encrenqueiro
(Troublemaker, dir. Olive Nwosu. Nigéria, 2019, 11 min, Fic, Livre)
Sinopse: Obi está com calor, entediado e desesperado por algo a
fazer. Quando seu melhor amigo, Emeka, lhe dá um pacote de fogos de artifício,
os garotos decidem se divertir. Mas as coisas saem do controle e Obi aprende
pela primeira vez que atos têm consequências e que há coisas que ele não
consegue entender. Ambientado na Nigéria oriental, o curta é uma história de
amadurecimento sobre masculinidade, violência e os efeitos da guerra em
comunidades ao longo de gerações.
Perdendo minha fé
(Losing my Religion, dir. Damilola
Orimogunje. Nigéria, 2018, 14 min, Fic, 12 anos)
Sinopse: Júnior é forçado a se
converter religiosamente e as consequências são devastadoras.
Tab
(Tab, dir. Hlumela Matika. África do Sul, 2019, 13 min, 2019,
Fic, Livre)
Sinopse: Khanya, com 15 anos de
idade, é a mais velha de duas irmãs e anseia por uma vida normal. Todo dia,
após a escola, seu pai, viciado em corridas de cavalos, a pega na escola e a
leva ao ponto de apostas, onde a deixa com sua irmã caçula no carro por horas, com
a instrução rígida de nunca entrar na arena de apostas. Um dia as coisas saem
do controle.
Cabelo com
balanço
(Hair that moves, dir. Yolanda Mogatusi. África do Sul, 2014, 19 min, Fic, Livre)
Sinopse: Uma jovem entra em uma
competição de canto com a esperança de ganhar um carro que facilite seu trajeto
para uma escola distante e tenta de tudo para que seu cabelo afro e curto
balance ao vento como o de sua estrela pop favorita.
Boa Noite
(Da Yie, dir. Anthony Nti. Gana/Bélgica,
2019, 21 min, 2019, Fic, 12 anos)
Sinopse: Em um dia ensolarado em Gana, um estrangeiro se
aproxima de duas crianças e as leva em uma viagem inesperada. Os três se dão
tão bem que “Bogah”, o estrangeiro, começa a questionar sua intenção inicial.
Programa 3: Corpo-território:
transversalizando os espaços
Ethereality
(Ethereality, dir. Kantarama Gahigiri. Ruanda/Suíça, 2019, 14 min, Doc.,Livre)
Sinopse: Abandonado por 30 anos no espaço. Como é a sensação
de finalmente voltar para casa? Uma reflexão sobre a migração e o sentido de pertencimento.
Ward e a
Festa da Henna
(Henet Ward, dir.
Morad Mostafa. Egito, 2020, 23 min, Fic., 14 anos)
Sinopse: Halima, uma pintora de
henna sudanesa, vai até a casa de uma jovem noiva egípcia para prepará-la antes
de seu casamento, com sua filha de 7 anos “Ward”, que perambula para conhecer o
lugar. Sob o olhar de Ward, o encontro entre as duas mulheres evolui da
cumplicidade a tensões surgidas subitamente.
O Azul
Branco Vermelho do meu Cabelo
(Le Bleu Blanc
Rouge De Mes Cheveux, dir. Josza Anjembe. França, 2016, 21 min, Fic, 14
anos)
Sinopse: Com 17 anos, Seyna, uma
adolescente de origem camaronesa, se apaixona pela história da França, o país
que a viu nascer. Com a formatura e a maioridade se aproximando, Seyna quer
apenas uma coisa: conseguir a nacionalidade francesa. Mas seu pai se opõe totalmente.
Gagarine
(Gagarine,
dir. Fanny Liatard e Jérémy Trouilh. França, 2015, 15 min, Fic, 10 anos)
Sinopse: Youri tem 20 anos e mora
com sua mãe em Ivry, a cidade que o viu crescer. Mas a demolição se aproxima: a
cena de seus sonhos de infância desaparecerá. Como decolar quando já não há
mais uma nave espacial?
SOBRE
A MOSTRA
A Mostra de Cinemas
Africanos foi idealizada em 2018 por Ana Camila Esteves (Brasil) e Beatriz Leal
Riesco (Espanha) e reúne filmes de curta e longa-metragem dos cinemas africanos
contemporâneos, muitos inéditos no Brasil. O recorte curatorial atende à demanda
por proporcionar espaços de exibição no Brasil de filmes recentes produzidos na
África e sua diáspora nos últimos cinco anos, bem como promover o contato do
público com as estéticas e narrativas presentes nesta cinematografia ainda
muito desconhecida do público brasileiro.
Em 06 edições já
realizadas, a Mostra circulou pelo Brasil passando por cidades como São Paulo
(SP), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Aracaju (SE) e Poços de Caldas (MG),
exibindo filmes dirigidos por cineastas de países como Senegal, Sudão, África
do Sul, Nigéria, Burkina Faso, Quênia, Tunísia, Marrocos e Egito, entre outros,
além de produções em territórios afrodiaspóricos como França e Cuba,
protagonizadas por sujeitos africanos e afrodescendentes. Os filmes variam
entre ficção e documentário e oferecem uma chance rara ao público brasileiro de
criar repertório sobre uma cinematografia vibrante e diversa em temáticas,
paisagens e estéticas.
As curadoras
acompanham as trajetórias dos filmes africanos nos mais importantes festivais
de cinema do mundo, como Cannes, Berlinale, Toronto, Veneza, Rotterdam e
Fespaco (este o maior festival de cinemas africanos na África, em Burkina
Faso), e trazem para o Brasil os títulos de maior interesse que estiveram em
exibição ou em competição. Além da Mostra, o projeto firma parcerias de
curadoria e programação com diversos festivais no Brasil e no mundo, oferece
cursos e outras atividades de reflexão sobre formação em cinemas africanos.
CURADORIA
/ LONGAS
Ana Camila
Esteves (Brasil): É doutoranda em cinema com
pesquisa em cinemas africanos contemporâneos, cofundadora, curadora e produtora
da Mostra de Cinemas Africanos, que desde 2018 já teve 06 edições entre as
cidades de Salvador, Porto Alegre, Aracaju, São Paulo e Poços de Caldas. No
contexto online de 2020, promoveu duas edições do cineclube Cine África,
vinculado à Mostra de Cinemas Africanos, a primeira em curadoria compartilhada
com Jusciele Oliveira e Morgana Gama, e a segunda realizada em parceria com o
Sesc São Paulo. É curadora colaboradora do Africa in Motion Film Festival
(Escócia – ww.africa-in-motion.org.uk), e em 2020 foi júri da competitiva de
curtas deste festival. É colaboradora dos sites Por Dentro da África
(www.pordentrodaafrica.com), Delirium Nerd (www.deliriumnerd.com) e Revista
Intertelas (www.revistaintertelas.com), onde escreve sobre cinemas africanos.
Organizou com Jusciele Oliveira o livro "Cinemas Africanos contemporâneos
- abordagens críticas" (Sesc São Paulo, 2020).
Beatriz Leal
Riesco (Espanha): é pesquisadora, professora, crítica e curadora especializada em arte e
cinema contemporâneos africanos, europeus e do Oriente Médio. Escreve para
jornais e publicações acadêmicas como El País, Cinema Journal, Secuencias,
Caracteres, Ars Magazine, Asymptote, Hyperion, Rebelión, Okayafrica e Écrans.
Desde 2011 é programadora do African Film Festival de Nova Iorque e do África
Imprescindible (Espanha). Co-fundadora do Wallay! Barcelona African Film
Festival, da Mostra de Cinemas Africanos, Brasil (2018) e das Jornadas de cine
africano de Melilla (2016-), já foi júri em vários festivais internacionais de
cinema. Como curadora independente, trabalhou com centros de arte contemporânea
de renome internacional como Artium, Azkuna Zentroa, CCCB, Tabakalera, MACBA,
MUSAC e La Virreina Centre de La Imatge, assim como para numerosas cinematecas
como a Filmoteca de Navarra, Filmoteca Española, Filmoteca de Catalunya,
Filmoteca de Valencia, Filmoteca de la Rioja, e outros centros de arte.
CURADORIA/
CURTAS
Ema Ribeiro: artista preta e cria de
Salvador, trabalha com diversas linguagens das artes, é graduanda em Cinema e
Audiovisual pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), atua como
técnica de projeção, designer e na coordenação do projeto de formação
Cinediáspora. É associada a APAN - Associação de Profissionais do Audiovisual
Negro.
Jamile
Cazumbá:
artista multilinguagem entre as artes visuais e o audiovisual e produtora.
Atualmente é graduanda em museologia, integra o corpo editorial e a curadoria
da Revista Gravidade; o projeto Práticas Desobedientes e é coordenadora e
produtora do Cineclube Mário Gusmão (UFRB).
Álex
Antônio:
graduando em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal do Recôncavo da
Bahia (UFRB), sócio fundador da Travessia Filmes e membro do Cineclube Mário
Gusmão, onde vem se dedicando a pesquisa em torno do cinema negro. É também um
dos curadores da Mostra Permanente de Resistências e Performance Negra, e em
2020 fez parte da equipe de curadoria do Cachoeira Doc.
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