O fotógrafo baiano Robério Braga foi buscar nas cabeças que simbolizam a
ancestralidade africana a inspiração para sua nova mostra: “A Missa”. A
exposição tem curadoria de Diógenes Moura e será aberta no dia 8 de agosto, no
Solar Ferrão, Centro Histórico, integrando a programação principal da Feira
Literária do Pelo – Flipelô. O fotógrafo foi convidado especialmente pela
organização do evento para ocupar o espaço da programação que, na edição
anterior, coube ao argentino-baiano Carybé.
“O projeto é uma viagem visual pelas cabeças penteadas na vida cotidiana
e em períodos festivos. É uma busca estética e étnica dos significados dos
penteados, em estilos contemporâneos e tradicionais, que identificam as
matrizes africanas. Percebi que na cultura africana o corpo é um dos
melhores suportes para receber símbolos que traduzem lugares, segmentos
étnicos, comunidades, sociedades e civilizações”, afirma o fotógrafo, que
ambientou toda a sua produção nas igrejas barrocas do Centro Histórico de
Salvador, daí o título “ A Missa”.
Baiano de Salvador, Braga iniciou sua carreira como fotógrafo em
1993, participando da Bienal do Recôncavo (São Felix) e da Mostra Nacional de
Fotografia na UFBA. Em São Paulo atuou como diretor de fotografia em cinema e
publicidade, tornando-se também diretor de cena. Em 2003, fundou a Produtora
Maria Bonita Filmes, direcionada para o mercado publicitário e que também
produziu para a televisão, atendendo a clientes como Canal Futura, Sony do
Brasil, TV Cultura, Multishow, entre outros. Hoje, Braga integra o seleto
grupo de fotógrafos representados pela “Pequena Galeria 18”, do galerista Mário
Cohen, no Rio de Janeiro. Há alguns anos, trouxe para Salvador a exposição “Luz
Negra” (Museu Costa Pinto), depois levada para São Paulo, Rio de Janeiro e
Lisboa (Portugal).
Enviado por José Antonio Moreno
Fonte: Companhia de Comunicação
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