Com o perdão do trocadilho pós jogos da Copa, driblar os ‘nãos’ da vida é uma constante na jornada de Ana Paula Padrão.
Talvez você a conheça pela carreira como jornalista ou mais recentemente como apresentadora do Masterchef e não saiba sobre sua jornada empreendedora.
Ana Paula hoje está a frente da Tempo de Você, da agência Touareg e da Escola de Você. Mas não chegou onde chegou sem antes receber tantos ‘nãos’ quanto fosse possível (se identificou?)
Nessa news você vai se inspirar com o efeito bumerangue dos ‘nãos’ na vida dela, compartilhado no Day1 2018.



MULHER-OMBREIRA
Dá pra imaginar que no primeiro processo seletivo que ela fez para um estágio na TV, recebeu como feedback “Menina, desista da TV. Você nunca será repórter de televisão. Você não foi feita para o vídeo. Estou dizendo isso para o seu próprio bem!”.
Mesmo depois dessa negativa, Ana Paula não tinha a menor intenção de desistir. Tanto que cinco meses mais tarde recebeu um convite para trabalhar na emissora afiliada à TV Globo em Brasília.
Ela tinha só 21 anos quando entrou na Globo, no auge dos anos 1980. Para sobreviver como repórter num ambiente onde todas as lideranças eram masculinas, cobrindo notícias de Economia, precisou criar uma armadura própria: tornou-se uma mulher-ombreira. As ombreiras eram mais do que um item da moda. Eram uma forma de alargar os ombros das mulheres para encararem de frente um ambiente de trabalho hostil.

“QUERO ENTRAR NO AFEGANISTÃO”
Ana se apaixonou por estudar a Guerra do Afeganistão. Nas horas vagas, dedicava-se a entender o mapa da região, os costumes, os conflitos locais e os ângulos nada óbvios que renderiam reportagens inéditas sobre o país.
Certa noite, quando trabalhava como correspondente internacional em Londres, saiu para jantar com os colegas de redação quando um deles perguntou que reportagem ela gostaria de fazer. A resposta era clara: “Quero entrar no Afeganistão”.
A mesa ficou em silêncio e alguns risinhos escaparam. Quando ele percebeu que Ana estava falando sério, disse: “Uma mulher no Afeganistão? Os talibãs nunca te darão um visto. Você não vai conseguir. É muito perigoso.
Eu fiquei morrendo de vergonha de ter me exposto daquela maneira, de ter dito para colegas o que de verdade eu queria fazer e ter passado por aquele constrangimento de alguém de novo dizer ‘você nunca vai conseguir’", ela conta.

O DAY1
Depois daquele jantar, ela estava convicta de que entraria, sim, no Afeganistão. E sairia inteira. Com várias imagens inéditas na bagagem.
Aquele foi o seu Day1. A partir daquele dia, passou a encarar cada não que ouvia como impulso para perseguir o que sonhava.
Um não nem sempre quer dizer um não. Na verdade pra mim um não quase sempre quer dizer que você não pegou o caminho certo, mas que se você pegar um atalho, se você se desviar, se você pegar um caminho mais longo, se você se posicionar de uma outra maneira, um ‘não’ pode virar ‘talvez’ e muitas vezes pode virar ‘sim’.
Quando foi trabalhar como correspondente em Nova York, surgiu a oportunidade. Ela já tinha o visto para entrar no Afeganistão e, ao seu lado, uma equipe formada por uma produtora e um cinegrafista. Os documentos que assinou já davam sinais do que enfrentaria no país: se fizesse algo diferente do combinado, poderia ter as mãos ou os pés amputados. Não havia margem para erro. Apesar dos avisos, Ana Paula partiu para o Afeganistão. E voltou com imagens inéditas, mostrando, pela primeira vez no Brasil, a situação das mulheres naquele país.
Essa viagem despertou nela uma forte vontade de desvendar as mulheres — com ou sem burca. Queria trabalhar com elas e entendê-las melhor. Seus dramas e desafios. O que tinham em comum. Essa vontade se materializou em projeto quando Ana assumiu a bancada do Jornal da Globo, produzindo uma série de reportagens especiais sobre o universo feminino.

MA OE
Um dia toca seu telefone: “Paula? É o Sílvio!”. Silvio Santos estava do outro lado da linha com um convite para uma conversa. Ela concordou.
A proposta era bem direta: ele queria que ela reestruturasse o departamento de jornalismo do SBT, assumindo a bancada do SBT Brasil. Decidiu aceitar o convite. Nessa época, inovou ao lançar um novo formato de jornalismo: reportagens especiais com uma hora de duração em um programa chamado SBT Realidade. E ainda fez uma proposta diferente: ela faria a coprodução dos programas com a própria equipe, de forma independente. Assim nasceu sua primeira empresa: a agência de conteúdo Touareg.
Durante o primeiro ano da empresa, a agência tinha um único cliente: o SBT. Depois, aos poucos, foi descobrindo um nicho de mercado que poderia atender: empresas com histórias verdadeiras para contar e conceitos difíceis de explicar.

MAS NÃO PARA POR AÍ
Quando acabou seu contrato com o SBT, Ana Paula tinha duas certezas: queria aprofundar seus estudos sobre a mulher brasileira e não queria, definitivamente, continuar como apresentadora de telejornal.
Mas parece que o Universo não estava entendendo suas vontades. Na semana seguinte a essa decisão, recebeu três ligações de outras emissoras oferecendo um cargo de apresentadora de telejornal.
E o que decidiu fazer? Você pode asssistir (ou ler) em seu Day1. Veja como ela coloca em ação seu potencial multiplicador: a capacidade de realizar seus sonhos — e ajudar milhares de mulheres pelo caminho.

E POR FALAR EM POTENCIAL MULTIPLICADOR...
Ao acessar o link do Day1 da Ana Paula você vai ver que estamos construindo um novo site.
Entendemos que um espaço online com conteúdos mais bem organizados por filtros e que tenha melhor usabilidade pode facilitar que você encontre o que precisa para os seus desafios de negócio.
Todas as transformações do novo site foram (e ainda estão sendo) realizadas com base nos feedbacks que recebemos dos empreendedores sobre layout, usabilidade e organização do nosso conteúdo. Também aproveitamos para contar mais sobre nós, sobre nossa rede e os empreendedores que apoiamos e nossas frentes de atuação. Vale explorar todas as seções!
Todos os feedbacks são muito bem vindos. Você pode contar o que achou aqui:https://goo.gl/forms/1IpwA0zwxuzOeKYW2


Fonte: Endeavor Brasil