De acordo com o Núcleo Regional de Saúde do Estado (NRS), 12 casos
de meningite e três mortes foram registrados em Feira de Santana. Os
dados, recolhidos nos seis primeiros meses de 2018, levanta o alerta sobre as
causas e as formas de prevenção da doença. Para esclarecer a população, o
biomédico e professore da UNIFACS, Carlos Danilo Cardoso, destaca os principais
sinais aos quais a população deve ficar atenta.
Causas
A meningite é um processo inflamatório das leptomeninges,
que são as membranas que envolvem o cérebro. A doença pode ter origem
infecciosa ou não infecciosa. No primeiro caso, pode ser causada por bactérias,
fungos, vírus, parasitas e protozoários. A transmissão se dá através do contato
direto com secreções de indivíduos infectados.
Os principais sintomas são febre, cefaleia, vômitos em jato, rigidez de
nuca e alterações no nível de consciência. Em bebês recém-nascidos, normalmente
podem ser observadas irritabilidade e uma curva suave para fora da moleira da
criança.
Diagnóstico
O médico irá avaliar sinais clínicos do paciente, além dos sintomas
característicos da doença. A investigação também pode ser feita através da
análise do liquor, fluido corporal presente no cérebro e na medula espinhal. “É
nesse momento que entra em ação o biomédico, que pode dar suporte ao
processo de investigação laboratorial do caso, bem como definição do agente
causador da doença”, relata o professor. Outros exames como hemograma e cultura
de sangue podem auxiliar na investigação e no monitoramento da doença.
Tratamento
A depender da causa da meningite, o tratamento é feito com
medicamentos que agem combatendo os agentes microbianos, fúngicos e
bacterianos. Em alguns casos, corticoides também pode ser utilizados.
Em meningites virais, o tratamento é feito com medicamentos voltados
para amenizar os sintomas.
Já a meningite bacteriana, apesar de se apresentar em menor número, é o
tipo mais severo, pelo potencial de provocar sequelas graves e, até mesmo,
levar à morte em poucas horas, se não for tratada à tempo.
Prevenção
A vacinação é uma importante aliada na prevenção da meningite. A rede
pública de saúde oferece vacina contra as formas mais graves de meningite:
Meningite tipo C (A proteção está contida na vacina Meningo C)
· para crianças (1ª dose aos 3 meses; 2ª dose aos 5 meses;
e reforço entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias)
· para adolescentes entre 12 e 13 anos – 1 dose
Meningite por pneumococo (A proteção está contida na vacina Pneumo 10)
· para crianças (1ª dose aos 2 meses; 2ª dose aos 4 meses;
e reforço entre 12 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias)
Meningite por Haemophilus influenzae (A proteção esta contida na vacina
Pentavalente)
· Para crianças (1ª dose aos 2 meses; 2ª dose aos 4 meses;
e 3ª dose aos 6 meses).
Meningite tuberculosa (A vacina BCG protege contra a meningite
tuberculosa)
· Para crianças, ao nascer.
São fundamentais e necessárias as medidas de prevenção, entre as quais
manter todos os ambientes bem ventilados, se possível ensolarados, principalmente
salas de aula, locais de trabalho e no transporte coletivo; evitar transitar em
ambientes fechados e mal ventilados; lavar as mãos, frequentemente, com água e
sabão; manter higiene rigorosa com utensílios domésticos; e não compartilhar
objetos de uso pessoal.
Recomenda-se também evitar o contato com pessoas portadoras de meningite
e manter a saúde e cuidados pessoais em dia.
Enviado por Júlia
Raquel
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