Escrito por Bruna Nacif

A Importância do Condicionamento Físico para shows de Dança do Ventre

O tema deste texto parece um pouco óbvio, eu sei... Mas talvez o que você não saiba é que embora muita gente tenha consciência de que condicionamento físico é fundamental para bailarinos, podemos considerar que nem 10% dessa “muita gente que sabe” pratica, ou cuida do seu condicionamento físico.

Culturalmente falando, a dança do ventre nunca foi uma modalidade que impõe padrões severos comparada a outras modalidades. Sempre foi disseminada como uma dança bonita, feminina onde qualquer praticante se sentiria bem, onde todas se sentem lindas independente de corpo, tamanho, cabelo e etc. E eu acho isso maravilhoso, uma dança extremamente eclética com tantas personalidades e misturas preciosas.


A grande questão é que quando uma aluna passa a se destacar e a ter possibilidades de trabalho por exemplo dando aulas ou fazendo shows, ela simplesmente segue a rotina que sempre teve e apenas acrescenta 1 ou 2 dias a mais de prática constante da modalidade. Para alguns, isso é suficiente para melhorar suas condições corporais como fôlego e resistência. Mas a prática pela prática não altera o nosso metabolismo, não nos desafia e não melhora o condicionamento físico.

Nós entramos num sistema de “automatização da dança” de forma muito rápida, que quando vemos somos consumidas pela rotina de fazer shows e de dar aulas e estamos envolvidas com este universo mais do que seria possível imaginar. Levianamente nosso pensamento é de que: Quanto mais dançar, mais estou me exercitando, então ok, o de hoje “está pago”, mas não é bem assim.

Qualquer atividade física e/ou qualquer movimentação corporal, para que haja uma evolução constante e uma melhora constante de saúde é necessária mudança periódica de treino, isto é, de desafios constantes.

Imagine um treino de musculação que não muda por 2 anos, ou um treino de natação que não foi alterado por 5 meses... Além de ser cansativo e chato, este treino pode causar sérias lesões por esforço de repetição, por não haver um preparo muscular completo, dentre outros fatores.

Podemos transpassar esta hipótese para o nosso trabalho com a dança. Apenas excluo o fato de ser chato, porque dançar nunca foi e nunca será chato para quem ama, mas de qualquer forma nós entramos sem perceber num ciclo vicioso e repetitivo, de movimentos, de rotina, de “treino”. Nosso corpo é incapaz de evoluir com movimentos que foram aprendidos e que são reproduzidos ao longo de tantos anos.

Confira o texto completo em Central da Dança do Ventre