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Foto: Blog Pensando em Público |
Existem penetrações fálicas.
Outras para além do falo,
sobre elas não me calo.
Pênis, dedo e instrumentos penetram o corpo,
muitas vezes amorfo,
corpo morto!
É preciso afeto, carinho
Penetração com tesão,
Com o coração!
O afeto é uma necessidade,
Fora disso é tão somente penetração.
Pênis enrijecido sem afeto,
sem canção e coração.
quando a finalidade é gozar.
A penetração precisa ser integral,
e não parcial.
Ela chegando provoca loucuras
boca, língua e alma gemem, numa pulsão de desejo.
Sem afeto tudo termina no chuveiro.
Como se a necessidade fosse limpar,
Entendendo que ocorreu um sujar,
Quando o que se tem é um amar.
Depois do chuveiro o que resta é vestir a roupa,
uns vão dormir, assistir TV ou pegar um táxi,
ou ligar o motor,
tudo tal qual um robô.
A penetração é uma mão dupla.
Quando existe afeto,
sentimento,
não faz lamento.
O que ocorre são corpos
que se penetram,
que se afetam reciprocamente.
Corpo e alma, que sendo um só
ganham intimidade,
inclusive na cotidianidade,
seja na cama, na cozinha, no cinema ou na praça.
A penetração é um compromisso mútuo de viver.
É ação no dia a dia.
É fidelidade e também liberdade.
É comunhão de dois que não tem depois.
Depois do ato, depois do quarto, depois do mato.
O que se tem é o que sempre vem.
E este é sempre um vindo.
Sempre prazeroso, amoroso e integral.
Divino,
Total !
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