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A redatora-chefe de Veja, Thaís Oyama, e repórter da revista Piauí, Malu Gaspar (Imagem: Claudia Online) |
Na tarde terça-feira, 7, a revista
Claudia realizou o evento “Mulheres na Mídia”, que reuniu
representantes da imprensa, da publicidade e convidadas de outros mercados. Em
seu primeiro painel, a editora de atualidades da publicação, Patrícia Zaidan,
recebeu as jornalistas Malu Gaspar, repórter da revista Piauí, Sheila
Magalhães, editora-executiva da BandNews FM, e Thaís Oyama, redatora-chefe de
Veja, para falar sobre o papel da mulher e sua representatividade no mercado de
notícias.
Especialista na cobertura de economia e negócios,
Malu declarou que, embora no dia a dia as mulheres disputem os furos e estejam
nas páginas de opinião, elas não são educadas para pedir aumento de salário de
forma enfática, como os homens costumam fazer. “Existe mesmo diferença de
comportamento na hora de você se posicionar, de poder provar que você realmente
cumpre suas metas, que você faz o seu trabalho com mérito e que você merece um
aumento. Existe um comportamento tímido da mulher na hora de pedir uma
promoção
e isso é herança da nossa formação”.
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A editora-executiva da rádio BandNews FM, Sheila Magalhães, e a editora de atualidades de Claudia, Patrícia Zaidan (Imagem: Claudia Online) |
Falando em posição de destaque, o rádio foi
representando pela jornalista Sheila Magalhães. Âncora na emissora desde 2006,
a profissional afirma que as mulheres são minoria no microfone e, mais
especificamente, a opinião também é majoritariamente e predominantemente
masculina.
“Hoje, as redações de forma geral têm um número de
mulheres maior do que foi no passado. Quando a gente fala do mercado de rádio,
não podemos só olhar para o rádio de São Paulo e do Rio de Janeiro e de
Brasília. Viajar para uma rádio em Rondônia ou Roraima é ver como os homens de
fato ainda dominam o mercado”, disse a profissional.
Mulheres na pauta
Como os veículos estão realizando a cobertura das
reivindicações femininas e do movimento feminista? A preocupação que está muito
presente na rua e das redes sociais está chegando de forma efetiva às pautas
desenvolvidas nas redações?
Redatora-chefe da Veja, Thaís Oyama afirmou que na
redação da revista não existe nenhuma orientação especial no sentido de olhar o
que as mulheres estão pedindo. “Existe essa orientação genérica que orienta o
jornalismo, de ver o que é notícia e o que está acontecendo de relevante no
momento. Se esse fato relevante diz respeito ás mulheres, nós vamos atrás
delas. O que determina a pauta da Veja e dos veículos de hard news em
geral, é a temperatura da notícia”, disse.
Sheila declarou que na redação da BandNews FM o que
determina a força do noticiário, a escolha de uma pauta, não diz respeito tanto
ao gênero, mas sim à relevância jornalística, a avaliação que se faz no veículo
a partir de seus critérios editoriais estabelecidos, além daquilo que define o
seu público.
“Na escolha da pauta, o gênero não deveria se
sobrepor ao fato jornalístico, a relevância jornalística. Quer dizer, não vamos
falar deste assunto porque supostamente interessa às mulheres. O tratamento do
ouvinte deve ser como um público heterogêneo. Mas acho que diz muito respeito a
linguagem, a forma de abordagem, ao recorte que se dá. Isso sim, no noticiário,
pode ser mais bem trabalhado”, disse a editora-executiva da BandNews FM.
Tácila Rubbo
Trainee de redação do Portal Comunique-se desde
setembro de 2016, após permanecer 1 ano e dez meses como estagiária da equipe.
Estudante de jornalismo da Fiam-Faam.
Fonte: Comunique-se
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