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Educação Patrimonial do IPAC integra restauro e gestão do complexo fortificado originário do séc. XVII com investimento de R$ 9,2 milhões via Lei Rouanet/BNDES, envolvendo IDES, prefeitura de Cairu, Sebrae e Governo da Bahia/SETUR, dentre outros parceiros

Um dos pontos de visitação internacional mais famosos do Brasil e conhecido pelos portugueses desde 1531, quando o nobre militar Martim Afonso de Souza avistou o local e o chamou de ‘Tynharéa’ (hoje Ilha de Tinharé), o Morro de São Paulo, passará a contar com um programa especial de Educação Patrimonial do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). Um convênio de cooperação técnica será assinado na próxima terça-feira (20), em Morro de São Paulo, entre a Prefeitura de Cairu, o IPAC e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (IDES), organização não-governamental que obteve R$ 9,2 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para desenvolver ações na região.

“O papel da educação patrimonial é fundamental para valorizar esse complexo arquitetônico-histórico de relevante interesse turístico, histórico, arqueológico e arquitetônico”, explica o diretor do IPAC, João Carlos de Oliveira. “As comunidades locais devem identificar os seus mais importantes patrimônios e, juntamente com as suas prefeituras e câmaras municipais, desenvolver políticas de proteção a esses bens culturais, como estabelece a Constituição, criando leis, conselhos e itens de salvaguardas, para depois obter recursos com projetos nos Editais/SecultBA e outras linhas de financiamento”, afirma João Carlos. Ele explica que a Fortaleza de Morro de São Paulo é protegida como Monumento Nacional desde 1939 pelo governo federal através do IPHAN/MinC.


SETUR – De acordo com a diretora executiva do IDES, Liliana de Mello Leite, o projeto tem incentivo da Lei Rouanet e do BNDES no valor de R$ 9,2 milhões. “Depois disso, a SPU (Superintendência do Patrimônio da União) fez a cessão de uso gratuito para o Governo da Bahia que designou a Secretaria de Turismo (SETUR) para se responsabilizar pelo monumento”, relata Liliana. Segundo ela, durante a 1ª etapa do projeto que durou de 2010 a 2014 foram feitas prospecções arqueológicas, monitoramento a consolidação da muralha à beira-mar. “Já a 2ª etapa iniciada no ano passado (2015) consistiu na criação do Comitê de Governança desse complexo arquitetônico-cultural, paisagístico e ambiental para torná-lo uma atração do turismo cultural permanente para a Bahia”, diz a diretora do IDES.

A fortaleza vai contar com sala de reuniões, anfiteatro com 240 lugares, espaço para eventos e área para concessão de um Café-cultural. Visitas guiadas devem ser uma das alternativas de receita. O comitê é responsável pela manutenção e operação do espaço, tendo como integrantes o Estado, SETUR, SETRE, BNDES, Sebrae, IPAC/SecultBA, IPHAN, prefeitura, comerciantes e representantes da comunidade local, dentre outros.

MULTIDISCIPLINAR - Em agosto passado (2016), equipe multidisciplinar do IPAC percorreu os municípios de Cairu, Ituberá, Igrapiuna, Camamu e Maraú, no Baixo Sul baiano para catalogar e orientar as populações locais acerca das demandas sobre cultura, patrimônio material e imaterial e educação patrimonial. “Estamos trazendo diversos olhares dos setores privado, civil e público para criar um processo sustentável de gestão, cujo carro-chefe é o patrimônio cultural”, finaliza Liliana.

O IDES é uma associação de direito privado sem fins lucrativos, que conta com parcerias do governo estadual, associações comunitárias locais, universidades, prefeituras municipais e câmaras de vereadores, entre outros representantes da sociedade civil organizada. O Baixo Sul tem 15 municípios. Desses, 11 têm ações do IDES. A cooperação IPAC/IDES prevê consultoria, diagnósticos e educação patrimonial. Informações: www.ides.org.br ou (73) 99910-2383, 3256-2028. Acesse: www.ipac.ba.gov.br, facebook ‘Ipacba Patrimônio’, twitter ‘@ipac_ba’ e instagram ‘@ipac.patrimonio’.

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Assessoria de Comunicação – IPAC
Jornalista responsável Geraldo Aragão (DRT-BA nº 1498)
Texto, coordenação de Jornalismo e Edição: Marco Cerqueira (DRT-BA nº 1851)