Aprimorar os conhecimentos adquiridos em sala de aula pelos
estudantes de Direito e assegurar atendimento gratuito à comunidade. Estas são
as duas vertentes do Núcleo de Prático Jurídica da FTC Feira de Santana, que em
funcionamento há exatos cinco meses já se consolidou como espaço educacional e
pedagógico. O espaço é utilizado pelos alunos a partir do 7º semestre, dentro
da disciplina Prática Jurídica.
Estrategicamente localizado na avenida Maria Quitéria, uma
das principais vias da cidade, o NPJ conta atualmente com 52 estagiários,
orientados e acompanhados por professores que são também bacharéis em Direito.
A proposta, de acordo com a coordenadora, professora Emanuelle de Oliveira Moreira,
não tem apenas cunho acadêmico, mas também de promoção da justiça social.
“O objetivo é garantir assistência jurídica a pessoas com
renda familiar de até dois salários mínimos, que não têm recursos para
contratar advogado para ajuizar ação ou fazer acompanhamento judicial”, explica
a professora, que contabiliza 237 atendimentos em levantamento feito até o dia
31 de julho – o núcleo foi inaugurado em abril deste ano. E o mais importante,
conforme ressalta, é que “o assistido tem tratamento digno”.
Para os estudantes, o resultado compensa todo o empenho. “Como
aprendizado é de suma importância, porque nos qualifica para o exercício da advocacia”,
avalia Romilson Soares, 8º semestre, que vê com aprovação a possibilidade de
colocar em prática, com casos concretos, a teoria adquirida em sala de aula.
Ele destaca ainda a importância de vivenciar o viés social da justiça. “Esta é
a importância da advocacia”, afirma.
Para Sheila Macêdo, que também cursa o 8º semestre, o desafio
maior é lidar com os conflitos, especialmente familiares. “Temos que ser
neutros, aplicar a lei no pedido e no desejo”, resume a estudante, que juntamente
com o colega Tiago Porcino, analisa o pedido de concessão de guarda
compartilhada por pais recém-separados. Nesse momento é necessário não somente
conhecimento legal, mas vivência humana.
É justamente esse diferencial que o NPJ propõe, ao retirar o
aluno da sala de aula para que conheça a realidade que vai encontrar no
exercício profissional, conforme definiu a coordenadora do curso, professora
Geruza Gomes dos Santos. O cuidado com a formação dos profissionais de Direito,
segundo ela é primordial, principalmente diante das mazelas do Poder
Judiciário.
Por Madalena de Jesus (Ascom/FTC)
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