O modelo inovador e pouco usual proposto para a 3ª Bienal da Bahia, que começa em 29 de maio e termina 7 de setembro de 2014, foi elogiado pela curadora Cristiana Tejo, convidada a participar do curso de Formação de Mediadores, que prepara profissionais para trabalhar nos eventos previstos na programação.

“Acho pertinente que a 3ª Bienal da Bahia, agora em 2014, parta de outros pressupostos, porque há uma sensação de que se esgotou o modelo ‘bienal tradicional’”, comenta Cristiana Tejo. Para ela, é preciso rever os conceitos e as práticas que funcionaram em outro período histórico. “Agora, com as tecnologias, com a suspeita do controle dos canais sociais, é extremamente pertinente a inclusão de outros campos do conhecimento e a revisão de pressupostos já muito utilizados”, alerta.



Cristiana foi diretora do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (2007–2008), curadora do Projeto Rumos do Itaú Cultural (2005–2006), da Fundação Joaquim Nabuco (2002-2006), Torre Malakoff (2003–2006) e do 46º Salão de Pernambuco (2004–2005).

De acordo com o diretor geral e curador-chefe da 3ª Bienal, Marcelo Rezende, a ideia de se diferenciar na Bahia de outras bienais mais tradicionais não foi acaso. “Nos baseamos nos projetos das bienais baianas de 1966/68 que tinham o desejo claro de colocar artistas e inteligência da Bahia em contato com a produção nacional – como Lygia Clark e Hélio Oiticica – além de tentar ser alternativa aos projetos do Sul e Sudeste brasileiros”, lembra ele. Segundo Rezende, essas edições foram pensadas em um formato que não imitasse as Bienais de São Paulo ou Veneza, mas que fosse, de fato, algo ligado à realidade e produção da Bahia e dos baianos.

NOVO CONCEITO“Depois de 46 anos de interrupção, a 3ª Bienal, com o seu novo conceito, pode mudar e diferenciar a visão da arte atual”, diz Cristiana. A 3ª Bienal da Bahia propõe que em 100 dias ocorram performances e intervenções urbanas, visitas a ateliês de artistas, circuitos em bairros, diálogo com linguagens de teatro, dança e música, modelo diferente do padrão ‘feira de arte’, comum em diversas bienais no mundo. Sua intitulação de “terceira” aponta para uma continuidade em relação às Bienais de 1966 e 1968. A distância de 46 anos entre a última edição e a atual deve-se à repressão e consequente interrupção da Bienal de 1968 pela ditadura militar brasileira.

A curadora Cristiana Tejo também participou do Programa Soterópolis da TV Educativa (Irdeb), onde debateu a temática. O Irdeb também é instituição parceira da 3ª Bienal. 

A entrevista pode ser vista no vídeo abaixo.

A 3ª Bienal da Bahia é patrocinada pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura (SecultBA), via convênio entre Fundação Hansen Bahia e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). 

O Museu de Arte Moderna (MAM) é responsável pela coordenação geral. 


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Assessoria de Imprensa da 3ª Bienal da Bahia 2014
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Entrevista e texto-base: estagiária Fernanda Travasso
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